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https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3723
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor1 | Silva, Marcio Antônio Both da | - |
dc.creator | Pontarolo, Fabio | - |
dc.date | 2019 | - |
dc.date.accessioned | 2020-09-08T12:44:06Z | - |
dc.date.available | 2020 | - |
dc.date.available | 2020-09-08T12:44:06Z | - |
dc.date.issued | 2019 | - |
dc.identifier.uri | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3723 | - |
dc.description.abstract | Esta tese busca compreender o estabelecimento e as estratégias de resistência dos lavradores pobres migrados ou nascidos em Guarapuava, povoação localizada no Oeste da Província do Paraná, durante o século XIX. Sendo parte do território paulista até 1853, a primeira tentativa de ocupação portuguesa da região ocorreu entre 1765 e 1775, contando com a arregimentação forçada de lavradores pobres da região dos Campos Gerais do Paraná. Após o fracasso da tentativa no século XVIII, a ocupação portuguesa de Guarapuava foi retomada efetivamente em 1809, com projetos políticos e econômicos voltados para a criação de gado e a agricultura de subsistência, também envolvendo a criação de um aldeamento indígena. Além da concessão de sesmarias aos estancieiros, o governo paulista concedeu pequenas porções de terra aos lavradores pobres, seguindo as prerrogativas presentes na Carta Régia de 1º de abril de 1809. A partir da década de 1840, com a abertura do caminho de Missões, Guarapuava passou a fazer parte da rota das tropas, com campos de criação, invernagem e pouso para o gado vindo da região de Missões rumo à Sorocaba. Nesse contexto, os lavradores pobres estabelecidos na região desenvolveram estratégias de reprodução social através da produção de alimentos e da criação de animais em pequena escala, vinculadas eventual ou permanentemente com o abastecimento das tropas. Com essa peculiaridade de se tornar uma fronteira agrária, a região passou a atrair um número maior dos denominados “povoadores pobres” – lavradores migrantes atrás das terras do rocio e do Campo da pobreza em Guarapuava, passando a conviver com indígenas Kaingang, escravizados e libertos, e compondo um grupo social em luta pela sobrevivência frente aos grandes proprietários. Com a ênfase maior da investigação no período entre 1850 e 1889, constatamos como essas populações foram impactadas – e como reagiram – às medidas tomadas pelo governo do Paraná a partir de 1854, no contexto da Lei de Terras de 1850, proibindo novas ocupações de terra na fronteira Oeste da província. Também baseada na Lei de Terras e nos interesses dos grandes proprietários, a Câmara municipal de Guarapuava aprovou no mesmo período medidas que limitavam a expansão das roças e criações que estes lavradores mantinham na fronteira agrária. A expropriação das terras do aldeamento indígena de Guarapuava também entrou nos planos dos estancieiros no período, gerando resistências indígenas conectadas com a discussão sobre o lugar dos lavradores pobres no Paraná provincial. Consideramos que as estratégias de resistência desses lavradores pobres em Guarapuava foram fundamentais para a reprodução social de suas formas de sobrevivência conquistadas na região desde o início do século XIX. | pt_BR |
dc.description.resumo | Esta tese busca compreender o estabelecimento e as estratégias de resistência dos lavradores pobres migrados ou nascidos em Guarapuava, povoação localizada no Oeste da Província do Paraná, durante o século XIX. Sendo parte do território paulista até 1853, a primeira tentativa de ocupação portuguesa da região ocorreu entre 1765 e 1775, contando com a arregimentação forçada de lavradores pobres da região dos Campos Gerais do Paraná. Após o fracasso da tentativa no século XVIII, a ocupação portuguesa de Guarapuava foi retomada efetivamente em 1809, com projetos políticos e econômicos voltados para a criação de gado e a agricultura de subsistência, também envolvendo a criação de um aldeamento indígena. Além da concessão de sesmarias aos estancieiros, o governo paulista concedeu pequenas porções de terra aos lavradores pobres, seguindo as prerrogativas presentes na Carta Régia de 1º de abril de 1809. A partir da década de 1840, com a abertura do caminho de Missões, Guarapuava passou a fazer parte da rota das tropas, com campos de criação, invernagem e pouso para o gado vindo da região de Missões rumo à Sorocaba. Nesse contexto, os lavradores pobres estabelecidos na região desenvolveram estratégias de reprodução social através da produção de alimentos e da criação de animais em pequena escala, vinculadas eventual ou permanentemente com o abastecimento das tropas. Com essa peculiaridade de se tornar uma fronteira agrária, a região passou a atrair um número maior dos denominados “povoadores pobres” – lavradores migrantes atrás das terras do rocio e do Campo da pobreza em Guarapuava, passando a conviver com indígenas Kaingang, escravizados e libertos, e compondo um grupo social em luta pela sobrevivência frente aos grandes proprietários. Com a ênfase maior da investigação no período entre 1850 e 1889, constatamos como essas populações foram impactadas – e como reagiram – às medidas tomadas pelo governo do Paraná a partir de 1854, no contexto da Lei de Terras de 1850, proibindo novas ocupações de terra na fronteira Oeste da província. Também baseada na Lei de Terras e nos interesses dos grandes proprietários, a Câmara municipal de Guarapuava aprovou no mesmo período medidas que limitavam a expansão das roças e criações que estes lavradores mantinham na fronteira agrária. A expropriação das terras do aldeamento indígena de Guarapuava também entrou nos planos dos estancieiros no período, gerando resistências indígenas conectadas com a discussão sobre o lugar dos lavradores pobres no Paraná provincial. Consideramos que as estratégias de resistência desses lavradores pobres em Guarapuava foram fundamentais para a reprodução social de suas formas de sobrevivência conquistadas na região desde o início do século XIX. | pt_BR |
dc.description.provenance | Submitted by Suelen Spindola Bilhar (suelen.bilhar@uffs.edu.br) on 2020-07-13T18:14:34Z No. of bitstreams: 1 PONTAROLO.pdf: 11638301 bytes, checksum: c6f5f088ba209fe93bd0a40410b19094 (MD5) | en |
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dc.description.provenance | Made available in DSpace on 2020-09-08T12:44:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PONTAROLO.pdf: 11638301 bytes, checksum: c6f5f088ba209fe93bd0a40410b19094 (MD5) Previous issue date: 2019 | en |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Estadual do Oeste do Paraná | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UNIOESTE | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Cultivadores | pt_BR |
dc.subject | Bovinocultura | pt_BR |
dc.subject | Agricultura de subsistência | pt_BR |
dc.subject | Índios | pt_BR |
dc.subject | História | pt_BR |
dc.title | Terra, trabalho e resistência na fronteira agrária: história dos “povoadores pobres” em Guarapuava (século XIX) | pt_BR |
dc.title.alternative | Land, labor and resistance in the agrarian frontier: history of the “poor settlers” in Guarapuava (19th century) | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.level | Doutorado | pt_BR |
Aparece nas coleções: | História |
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