Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1705
Tipo: Monografia
Título: O "Grito de Marcha para Oeste" e a colonização do oeste catarinense: 1937-1945
Autor(es): Bonsere, Kelvin Francisco
Primeiro Orientador: Radin, José Carlos
Resumo: Este trabalho tem por base elucidar as ressonâncias e as interações diretas e indiretas que o projeto deflagrado no Estado Novo, Marcha para Oeste, que visava proporcionar as regiões consideradas sertões do país o progresso, tiveram no processo migratório para o oeste de Santa Catarina; incorporando para tal, um novo espírito bandeirante, do qual seus ideólogos, como Cassiano Ricardo, buscaram atrelar ao projeto nacionalista a conquistas das áreas até então “bravias” do interior brasileiro. Neste contexto, trabalhar com o conceito de sertão é nevrálgico para a análise do período. É relevante denotar como ao longo da história do Brasil o termo sertão foi ligado a concepções pejorativas, apartado da civilização litorânea, um lugar perigoso, aonde habitavam pessoas não civilizadas. Assim, ao buscar entender como o projeto de “Marcha” do período varguista estava condicionado pelo sentido de sertão ainda selvagem e incivilizado, é que se pode compreender o sentido do impulso as ondas migratórias para o oeste. Neste contexto, a noção de progresso e civilização se faz intrínseca a discussão para sublinhar os contornos do projeto político que pretendesse abordar. Tal contorno se constituí pela lógica, proveniente das noções progressistas inauguradas pelas revoluções ocidentais do século XVIII, de uma elevação técnico científica, social e humanista, pautada pelos pressupostos de civilização, em que o papel do Estado nacional é de promotor. Desta forma, para desenvolver a pesquisa, as fontes jornalísticas do período, como o periódico A Voz de Chapecó, as fontes orais, do Programa de Preservação do Patrimônio da Foz do Chapecó, e a iconografia, são elemento essenciais para se analisar as interações das elites locais com o projeto nacional e sua influência no fluxo migratório referente ao período. De tal modo, o trabalho apresenta em seu primeiro capítulo uma digressão histórica da região Oeste de Santa Catarina, culminando com o início da exploração das companhias colonizadoras. No segundo capítulo, uma análise dos editoriais do periódico A Voz de Chapecó, buscando elucidar as interações do arquétipo estado-novista com a ideologia propagada pela elite colonizadora. Assim, o projeto de Marcha para Oeste se mostrou como fruto de um modelo nacionalizador e autoritário e que buscou controlar, através dos poderes locais, a forma de colonização e exploração da área oeste do estado de Santa Cantarina, importante ponto de fronteira.
Abstract/Resumen: This academic work is based on elucidating the resonances and the direct and indirect interactions that the project started in the New State, March to the West, which aimed to provide the regions considered backwoods of the country the progress, had in the migratory process to the west of Santa Catarina; incorporating for this, a new expeditionary spirit, of which its ideologues, like Cassiano Ricardo, tried to connect to the nationalistic project to the achievements of areas until then "wild" of Brazilian interior. In this context, working with the concept of backwoods is abusive for the analysis of the period. It is relevant to denote how throughout the history of Brazil, the term backwoods was linked to pejorative conceptions, separated from the coastal civilization, the word used to mean a dangerous place where noncivilized people lived. Thus, in seeking to understand how the project of "March" of Varguista's period was conditioned by the sense of a backwoods still wilderness and uncivilized, because of that can be understand the direction of the migration to the west. In this context, the notion of progress and civilization becomes intrinsic to the discussion taking the political perpective. This outline of logic, derived from the progressive notions inaugurated by the Western revolutions of the eighteenth century, was based on a scientific, social and humanistic point of view, based on the presuppositions of civilization, in which the task of the state is the promoter. Thus, in order to develop the research, journalistic sources of the period, such as the newspaper A Voz de Chapecó, integrants's depoiments of the Foz do Chapecó Heritage Preservation Program, and iconography are essential elements for analyzing the interactions of local elites with national project and its influence on the migratory flow related to the period. therefor, this academic work introduces in its first chapter a historical tour of the western region of Santa Catarina, interacting with exploration of colonizing companies. In the second chapter, an analysis of the editorials of the newspaper A Voz de Chapecó, seeking to highlight the interactions of the new-state archetype with ideology spread by the colonizing elite. After that, the March to the West's project showed itself as the result of a nationalizing and authoritarian model, and sought to control through local authorities, to colonize and explore the western area of the Santa Cantarina state, considered an important border point.
Palavras-chave: Imperialismo
Colonização
Estado Novo (1937-1945)
Período colonial
História do Brasil
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Chapecó
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1705
Data do documento: 2017
Aparece nas coleções:História

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
BONSERE.pdf1,76 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.