Extrato etanólico de própolis verde no controle de bacterioses do feijoeiro

Abstract

Uma substância que tem merecido muitos estudos nos últimos anos na área média e farmacológica é a própolis, resina acumulada por abelhas. Embora tenha comprovada ação terapêutica, são escassos os estudos da própolis no controle de doenças em plantas, e praticamente inexistentes com a própolis verde. Assim, esse trabalho tem por objetivo avaliar a atividade antimicrobiana, indutora de fitoalexinas e protetora em plantas de feijoeiro às duas principais bacterioses da cultura, crestamento bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv phaseoli) e o fogo selvagem (Pseudomonas syringae pv. Tabaci), considerados patossistemas muito importantes em ensaios dessa natureza. Foi avaliado o extrato etanólico de própolis verde nas concentrações de 0,1, 0,5, 1, 2,5 e 5% I extrati etabólico de própolis verde foi avaliado nas concentrações: 01,; 0,5; 1; 2,5 e 5% com duas testemunhas, água destilada e álcoo 1%. foram conduzidos ensaios de atividade antimicrobiana sobre os fitopatógenos, indução de fitoalexinas, efeito local e sistêmico sobre a severidade das bacterioses do feijoeiro. Ensaios foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições. A própolis verde apresentou atividade antimicrobiana sobre X axonopodis pv. Phaseoli e P. syringae pv. Tabaci ocasionando drástica redução do desenvolvimento das duas bactérias e também induziu acúmulo de faseolina em hipocótilos de feijoeiro, com aumento proporcional ao aumento da concentração do extrato. Ocorreu redução da área lesionada em folhas de feijoeiro tratadas com o extrato, com efeito local e sistêmico. A enzima polifenoloxidase foi ativada pela própolis verde a 5%, tendo ponto máximo de ativação 62,5 horas após a aplicaç]ao no primeiro trifólio. Houve aumento linear da produção da fenilalanina amônia-liase em plantas tratadas com própolis verde. O própolis verde demonstra grande potencial no controle do crestamento bacteriano e do fogo selvagem em feijoeiro.