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Tipo: Monografia
Título: Assistência obstétrica e as medidas de quarentena durante o contexto da pandemia por Covid-19
Autor(es): Pagnussatt, Lais Crusaro
Primeiro Orientador: Pitilin, Erica de Brito
Primeiro membro da banca: Potrich, Tassiana
Segundo membro da banca: Silva, Débora Tavares de Resende e
Resumo: A infecção por coronavírus se espalhou rapidamente da China para outras partes do mundo em 2019. Segundo a Organização Mundial de Saúde do dia 03 de janeiro de 2020 até o dia 11 de abril de 2022 foram 2022497.493.302 casos confirmados de COVID-19, incluindo 6.174.449 óbitos em todo o mundo. Como fatores de risco epidemiológico tem-se pessoas que viajaram para países ou regiões epidêmicas, contato próximo com infectados, idosos com mais 60 anos, morbidades respiratórias pré-existentes, gestantes e puérperas. Foram inseridas nesse grupo gestantes em qualquer idade gestacional, e mulheres que tiveram aborto ou perda fetal. Ainda não se sabe ao certo quais os impactos a médio e longo prazo os ajustes necessários na assistência terão no bem-estar das mulheres e dos bebês, ou nas experiências de parto das mulheres. Considerando que a COVID-19 parece aumentar o risco de complicações no ciclo gravídico puerperal, o manejo dessas mulheres deve ser idealmente controlado e rigoroso. Essa pesquisa teve como objetivo identificar o impacto das medidas de quarentena da COVID-19 na assistência obstétrica das mulheres grávidas. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa prospectivo on-line realizado com mulheres que deram à luz entre o período de lockdown que foi do dia 06 de março a 04 de abril de 2020 na Região Sul do país. Informações sobre dados demográficos, sociais, gestação, parto e nascimento foram coletadas e comparadas entre os dois períodos: pré-alerta (6 de março a 20 de março de 2020) e período pós-alerta (21 de março a 04 de abril de 2020). Para o estudo foram consideradas elegíveis todos os nascimentos que ocorreram durante o período supracitado. A amostragem se deu por conveniência. Para a etapa de coleta de dados, uma equipe devidamente capacitada realizou o recrutamento por meio de mídias digitais. O formulário de coleta de dados contemplou 34 perguntas sobre as características demográficas, sociais, da gestação, parto e nascimento, bem como àquelas relacionadas às medidas de resposta ao surto, como sintomas, diagnóstico, isolamento social, contato com pessoas infectadas, entre outras. Utilizou-se na análise dos dados estratégia de abordagem hierárquica e regressão logística condicional. Os dados coletados foram exportados e analisados pelo software IBM® SPSS, versão 20.0. Participaram do estudo 412 mulheres que deram à luz no período de lockdown. Entre os cuidados obstétricos durante a gestação, foi possível notar associações significativas pré e pós lockdown no número reduzido de consultas, consultas desmarcadas, menos exames laboratoriais e de imagens realizados e mudança de obstetra na pandemia. Uma proporção maior de mulheres permaneceu em isolamento social durante o período, embora a presença de sintomas para COVID-19 e diagnóstico confirmado da doença estiveram associados significativamente ao período pré lockdown. O número insuficiente de consultas durante o pré-natal, o clampeamento precoce do cordão umbilical, cesariana, trabalho de parto prematuro e sintomas para COVID-19 também estiveram associados com o período pré-lockdown. As medidas de quarentena da COVID-19 impactaram o manejo assistencial durante a gestação, o parto e o puerpério, resultando em intervenções desnecessárias e no aumento de cesarianas.
Abstract/Resumen: The coronavirus infection spread rapidly from China to other parts of the world in 2019. According to the World Health Organization from January 3, 2020 to April 11, 2022 there are 2022497,493,302 confirmed cases of COVID-19. 19, including 6,174,449 deaths worldwide. As epidemiological risk factors, there are people who have traveled to epidemic countries or regions, close contact with infected people, elderly people over 60 years of age, pre-existing respiratory morbidities, pregnant and postpartum women. Pregnant women of any gestational age and women who had miscarriage or fetal loss were included in this group. It is still unclear what medium- and long-term impacts the necessary adjustments in care will have on the well-being of women and babies, or on women's childbirth experiences. Considering that COVID-19 appears to increase the risk of complications in the puerperal pregnancy cycle, the management of these women should ideally be controlled and rigorous. This research aimed to identify the impact of COVID-19 quarantine measures on the obstetric care of pregnant women. This is an online prospective quantitative approach study carried out with women who gave birth between the lockdown period that was from March 6th to April 4th, 2020 in the southern region of the country. Information on demographic, social, pregnancy, delivery and birth data was collected and compared between the two periods: pre-alert (March 6 to March 20, 2020) and post-alert period (March 21 to April 04, 2020). All births that occurred during the aforementioned period were considered eligible for the study. Sampling was for convenience. For the data collection stage, a duly trained team carried out the recruitment through digital media. The data collection form included 34 questions about demographic, social, pregnancy, delivery and birth characteristics, as well as those related to outbreak response measures, such as symptoms, diagnosis, social isolation, contact with infected people, among others. A hierarchical approach and conditional logistic regression were used in the data analysis. The collected data were exported and analyzed by the IBM® SPSS software, version 20.0. The study included 412 women who gave birth during the lockdown period. Among obstetric care during pregnancy, it was possible to notice significant pre and post lockdown associations in the reduced number of consultations, unscheduled consultations, fewer laboratory and imaging tests performed and change of obstetrician in the pandemic. A higher proportion of women remained in social isolation during the period, although the presence of symptoms for COVID-19 and confirmed diagnosis of the disease were significantly associated with the pre-lockdown period. Insufficient number of consultations during prenatal care, early clamping of the umbilical cord, cesarean section, preterm labor and symptoms for COVID-19 were also associated with the pre-lockdown period. COVID-19 quarantine measures impacted care management during pregnancy, childbirth and the puerperium, resulting in unnecessary interventions and an increase in cesarean sections.
Palavras-chave: Pandemia
Covid-19
Obstretrícia
Gestação
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Chapecó
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/5621
Data do documento: 8-Abr-2022
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