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Tipo: Monografia
Título: O corpo adolescente autolesado: como os autores da autolesão não suicida e seus familiares percebem esse fenômeno
Autor(es): Lopes, Thaisa Natali
Primeiro Orientador: Léo, Marcela Martins Furlan de
Primeiro coorientador: Brum, Crhis Netto de
Primeiro membro da banca: Funai, Anderson
Segundo membro da banca: Barreto, Felipe José Nascimento
Terceiro membro da banca: Luzardo, Adriana Remião
Resumo: A adolescência, compreendida entre 10 e 19 anos completos, caracteriza-se por um período que demanda uma reorganização mental frente às diversas transformações vivenciadas nesta fase. O adolescente defronta-se com a dificuldade de lidar com elas, suscitando conflitos internos que o sujeitam à prática de ações que comprometam sua integridade física, como a autolesão não suicida (ALNS). A ALNS é definida como um comportamento, repetitivo, no qual se provoca lesões superficiais e dolorosas na superfície do seu próprio corpo. O objetivo do estudo foi compreender como adolescentes que cometem autolesões não suicidas, assistidos por um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), e seus familiares, decifram seus corpos e que significados atribuem à prática da autolesão. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, desenvolvido entre fevereiro e março de 2022. Foram utilizados a entrevista semiestruturada e em profundidade, um formulário sociodemográfico para caracterização dos participantes e um instrumento lúdico de ilustração. Participaram quatro adolescentes e três familiares. As adolescentes relataram suas experiências autolesivas e sentimentos acoplados a elas, como raiva, ansiedade, solidão, medo, alívio e demonstração do sofrimento, culpa e vergonha, e significaram a experiência no contexto familiar e social. Expressaram ambivalências acerca da percepção sobre seus corpos, considerando-os como valiosos e delicados e o desejo de sentir o corte, de usar o corpo como veículo para sua fala, ainda que ele seja violentado. Seus familiares compreenderam a ALNS como uma maneira de regulação das emoções e expressaram preocupação e tristeza pelo ato praticado, além do sentimento de incapacidade para ajudar a adolescente. Este estudo contribuiu à compreensão da prática da autolesão não suicida sob a perspectiva das adolescentes, e de seus pais, e como aquelas a relacionam com seus próprios corpos, apresentando contradições que refletem ambivalências de suas emoções, diante de uma simbolização prejudicada. Este trabalho agrega valor à compreensão científica sobre a ALNS quando captura, além dos autores da autolesão, a percepção dos seus pais e quando apreende a relação entre eles e seu próprio corpo enquanto eventos associados à autolesão.
Abstract/Resumen: Adolescence, between 10 and 19 years, is characterized by a period that demands a mental reorganization in the face of many transformations experienced in this phase. The adolescent is faced with the difficulty of dealing with them, causing internal conflicts that subject him to practice actions that compromise his physical integrity, such as non-suicidal self-injury (NSSI). NSSI is defined as a repetitive behavior which causes superficial and painful on the body surface. The aim of the study was to understand how teenagers who practice non-suicidal self-harm, attended by a Child and Adolescent Psychosocial Care Center, and their relatives, decode their bodies and what meanings do they assign to the self-harm practice. This is a qualitative, exploratory study, developed between February and March 2022. A semi-structured and in-depth interview, a sociodemographic form to characterize the participants and a ludic instrument of illustration were used. Four teenagers and three relatives participated. Adolescents reported their self-injurious experiences and feelings attached to them, as fury, anxiety, loneliness, fear, relief and suffering demonstration, guilt and shame and meant the experience in the family and social context. They expressed ambivalence about their bodies' perception, considering them as valuable and delicate and the desire to feel the cut, to use the body as a vehicle for their speech, even if it is violated. Their relatives understood the NSSI as a way of regulating emotions and expressed concerns and sadness for the action, in addition to the feeling of inability to help the adolescent. This study contributed to the understanding non-suicidal self-harm practice from the adolescents and their relatives perspective, and how they relate it to their bodies, producing contradictions that reflect ambivalences of their emotions, in the face of impaired Symbolisation. This study adds to the scientific understanding of NSSI when it captures, in addition to the self-injury authors, the perception of their parents and when it apprehends the relationship between them and their own body as events associated with self-injury.
Palavras-chave: Adolescentes
Comportamento
Suicidio
Comportamento autodestrutivo
Corpo humano
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Chapecó
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/5644
Data do documento: 8-Abr-2022
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