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Tipo: Monografia
Título: Prevalência e fatores associados à polifarmácia entre idosos atendidos na atenção primária à saúde de Marau/RS
Autor(es): Rosa, Elisandra Andreia
Primeiro Orientador: Lindemann, Ivana Loraine
Segundo Orientador: Glusczak, Lissandra
Primeiro coorientador: Simonetti, Amauri Braga
Segundo coorientador: Biffi, Maríndia
Primeiro membro da banca: Lindemann, Ivana Loraine
Segundo membro da banca: Borges, Daniela Teixeira
Terceiro membro da banca: Fernandes , Marcelo Soares
Resumo: Objetivo: Descrever a prevalência da polifarmácia, verificar sua distribuição de acordo com características sociodemográficas, comportamentais e de saúde e identificar a frequência de classe medicamentosa. Metodologia: Estudo transversal, realizado com idosos (≥60 anos), acompanhados na Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Marau, RS. Os dados foram coletados de forma on-line a partir de prontuários eletrônicos e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS (parecer nº 4.769.903). A amostra não probabilística foi constituída daqueles que realizaram no mínimo uma consulta médica e/ou de enfermagem no ano de 2019. A análise incluiu frequências relativas e absolutas, prevalência da polifarmácia (IC95), variação da sua distribuição de acordo com suas variáveis independentes (qui-quadrado 5%) e descrição da frequência de classes medicamentosas utilizadas. Resultados: Na amostra de 1.728 idosos houve predomínio de mulheres (60,1%), com idade entre 60-69 anos (53,2%), ensino fundamental incompleto (83,3%) e que não exerciam atividade remunerada (91%). Em relação às características de saúde, 61,7% da amostra apresentavam sobrepeso, 66,5% hipertensão arterial sistêmica e 44,3% multimorbidades. A prevalência de polifarmácia foi de 52% (IC95 50-55), sendo maior em mulheres (55,6%; p<0,001), idade ≥80 anos (62,5%; p<0,001), ensino fundamental incompleto (57,7%; p=0,001) e que não trabalhavam (57,2%; p=0,031). Em relação às características comportamentais, a polifarmácia foi mais prevalente em idosos que utilizavam plantas medicinais (60%; p=0,003), práticas integrativas e complementares (61,7%; p=0,001) e que não utilizavam bebida alcoólica (52,7%; p=0,04). Além disso, observou-se significância estatística do desfecho com todas as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), destacando-se sobrepeso (60,6%; p<0,001), hipertensão arterial sistêmica (62,4%; p<0,001), dislipidemia (63,9%; p<0,001), diabetes mellitus (74%; p<0,001), doença cardíaca (75,8%; p<0,001), doença renal (70%; p=0,005); acidente vascular encefálico (75%; p<0,001), infarto agudo do miocárdio (87,8%; p<0,001) e multimorbidade (71,4%; p<0,001). No que diz respeito às classes medicamentosas utilizadas por idosos polimedicados, observou-se maior prevalência de anti hipertensivos (91,4%), estatinas (70,2%), anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) (50,7%), antidepressivos (43,4%) e inibidores da bomba de prótons (48%). Conclusão: Os dados obtidos no presente estudo evidenciaram uma alta taxa de polifarmácia em idosos atendidos na APS. Especial atenção deve ser dada a essa população, pois a polifarmácia esteve relacionada à presença de multimorbidade, ocasionando maiores riscos de interações medicamentosas e efeitos adversos. Além disso, observou-se a frequência medicamentosa utilizada por idosos polimedicados, a qual apresentou, preocupantemente, medicamentos inapropriados para idosos segundo os critérios de Beers. Deve-se ter em foco o impacto causado pela polifarmácia em idosos, uma vez que essa população está mais suscetível a efeitos colaterais, podendo interferir na qualidade de vida e na efetividade do tratamento.
Abstract/Resumen: Objective: To describe the prevalence of polypharmacy, verify its distribution according to sociodemographic, behavioral and health characteristics and identify the frequency of drug class. Methodology: Cross-sectional essay, carried out with elderly people (≥60 years), followed up in Primary Health Care (PHC) in the city of Marau, RS. Data were collected online from electronic medical records and the study was approved by the UFFS Ethics Committee for Research with Human Beings (opinion No. 4,769,903). The non-probabilistic sample consisted of those who had at least one medical and/or nursing consultation in 2019. The analysis included relative and absolute frequencies, prevalence of polypharmacy (CI95), variation of its distribution according to its independent variables (chi-square 5%) and description of the frequency of drug classes used. Results: In the sample of 1,728 elderly people, there was a predominance of women (60.1%), aged between 60-69 years (53.2%), incomplete elementary school (83.3%) and who did not have a paid job (91%). Regarding health characteristics, 61.7% of the sample was overweight, 66.5% had systemic arterial hypertension and 44.3% had multimorbidity. The prevalence of polypharmacy was 52% (CI95 50-55), being higher in women (55.6%; p<0.001), age ≥80 years (62.5%; p<0.001), incomplete elementary school (57 .7%; p=0.001) and who did not work (57.2%; p=0.031). Regarding behavioral characteristics, polypharmacy was more prevalent in elderly people who used medicinal plants (60%; p=0.003), integrative and complementary practices (61.7%; p=0.001) and who did not use alcoholic beverages (52.7 %; p=0.04). In addition, there was statistical significance of the outcome with all chronic non-communicable diseases (NCDs), especially overweight (60.6%; p<0.001), systemic arterial hypertension (62.4%; p<0.001), dyslipidemia (63.9%; p<0.001), diabetes mellitus (74%; p<0.001), heart disease (75.8%; p<0.001), kidney disease (70%; p=0.005); stroke (75%; p<0.001), acute myocardial infarction (87.8%; p<0.001) and multimorbidity (71.4%; p<0.001). Regarding the drug classes used by polymedicated elderly, there was a higher prevalence of antihypertensive drugs (91.4%), statins (70.2%), non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) (50.7%), antidepressants (43.4%) and proton pump inhibitors (48%). Conclusion: The data obtained in the present study showed a high rate of polypharmacy in elderly people treated at PHC. Special attention should be given to this population, as polypharmacy was related to the presence of multimorbidity, causing greater risks of drug interactions and adverse effects. In addition, the frequency of medication used by polymedicated elderly was observed, which presented, worryingly, inappropriate medication for the elderly according to the Beers criteria. The impact caused by polypharmacy in the elderly should be focused, since this population is more susceptible to side effects, which may interfere with quality of life and the effectiveness of treatment.
Palavras-chave: Uso de medicamentos
Idosos
Atenção primária à saúde
Comorbidade
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Passo Fundo
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/6712
Data do documento: 2022
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