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Tipo: Monografia
Título: Prevalência de comorbidades e sua relação com sequelas em pacientes pós COVID-19
Autor(es): Wey, Henrique
Primeiro Orientador: Acrani, Gustavo Olszanski
Primeiro membro da banca: Acrani, Gustavo Olszanski
Segundo membro da banca: Rosa Filho, Luiz Artur
Terceiro membro da banca: Almeida, Antônio Marcos De
Resumo: O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causam doenças variadas de resfriados comuns a doenças mais graves. A COVID-19 é causado pela nova cepa do Coronavírus descoberta em 2019, está é capaz de causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-COV-2), que traz riscos nocivos à população, com alguns casos tão graves que é necessário que o enfermo seja internado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Sabe-se que pessoas com comorbidades são os mais propensos a serem atingidos por doenças em geral, porém quanto a relação com a COVID-19, por se tratar de algo muito novo, pesquisas são necessárias para a comprovação. Tratou-se de um estudo quantitativo observacional, do tipo corte transversal, descritivo e analítico, cujo teve intuito de descrever a relação das comorbidades e as sequelas deixadas nos casos graves de infecção causada pelo vírus SARS-COV-2, intitulada de COVID-19. Este estudo foi feito através de dados obtidos pelo projeto maior “Análise da situação de saúde pós COVID-19 na região Sul do Brasil”, onde foram feitas visitas domiciliares aos pesquisados, com dados obtidos junto à Vigilância Epidemiológica das Secretaria Municipal de Passo Fundo – RS, com o intuito de aplicar um questionário (ANEXO A) desenvolvido para o próprio estudo que contém avaliações sociodemográficas, de saúdes e comportamento. A base de dados então foi analisada a fim de levantar um perfil clínico-epidemiológico dos estudados, a qual enfrentaram a infecção com a necessidade ou não de tratamento em UTIs em uma cidade do norte gaúcho. Na amostra de 157 participantes houve predomínio de mulheres (52,9%), com idade maior que 60 anos (67,5%), de raça/cor da pele branca (71,3%). A maioria dos participantes relatou ter boa/muito boa/ótima percepção de estado geral de saúde antes da COVID-19 (72,0%) e a maior parte deles havia realizado ao menos duas doses da vacina contra a doença (76,4%). Do total de indivíduos 59,2% apresentavam hipertensão, 38,9% cardiopatias, 35% diabetes, 37,6% hipercolesterolemias e 35% osteopenias. Os sintomas apresentados durante a internação envolveram cansaço (85,3%), mal-estar geral (83,4%), problemas respiratórios (82,2%), tosse (70,7%) e febre (59,2%). As principais sequelas apontadas foram fadiga (80,9%), mal-estar geral (61,8%), dor osteoartromuscular (58,6%), falta de ar (58,0%) e dificuldades para realizar tarefas diárias (51,6%), estas durando em média 38 semanas, as sequelas identificadas em pelo menos um dos três instrumentos é de 114 casos, representando 73,5% da amostra total com uma prevalência calculada de 74% (IC95 67-81%), nas sequelas autorreferidas 84 pessoas tiveram mais que 10 sequelas (53,5%) com uma prevalência calculada de 54% (IC95 46-61%). Ao se avaliar as sequelas inferidas por instrumento nos indivíduos com comorbidades, destaca-se de forma estatisticamente significativa uma maior distribuição do desfecho em indivíduos com mais de 3 comorbidades (79,3%, p<0,048), dentre as comorbidades especificas temos as doenças da saúde mental (86,7%, p<0,018), hipertensão (79,6%, p<0,037), diabetes (85,5%, p<0,013) e osteopenia (83,3%, p<0,043). Na distribuição da presença de comorbidades em relação às sequelas relatadas pelos participantes, observou-se de forma estatisticamente significativa uma maior frequência de sequelas referidas nos indivíduos com comorbidades de saúde mental (76,1%, p<0,001) e sarcopenia (68,4%, p<0,034). Este estudo evidencia prevalência da relação de comorbidades, bem como problemas relacionados com o desfecho. A continuidade na produção de estudos no mesmo âmbito de doenças pré-existentes relacionadas com sequelas do COVID-19 se faz imprescindível para elaboração de dados que sejam, de fato, O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causam doenças variadas de resfriados comuns a doenças mais graves. A COVID-19 é causado pela nova cepa do Coronavírus descoberta em 2019, está é capaz de causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-COV-2), que traz riscos nocivos à população, com alguns casos tão graves que é necessário que o enfermo seja internado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Sabe-se que pessoas com comorbidades são os mais propensos a serem atingidos por doenças em geral, porém quanto a relação com a COVID-19, por se tratar de algo muito novo, pesquisas são necessárias para a comprovação. Tratou-se de um estudo quantitativo observacional, do tipo corte transversal, descritivo e analítico, cujo teve intuito de descrever a relação das comorbidades e as sequelas deixadas nos casos graves de infecção causada pelo vírus SARS-COV-2, intitulada de COVID-19. Este estudo foi feito através de dados obtidos pelo projeto maior “Análise da situação de saúde pós COVID-19 na região Sul do Brasil”, onde foram feitas visitas domiciliares aos pesquisados, com dados obtidos junto à Vigilância Epidemiológica das Secretaria Municipal de Passo Fundo – RS, com o intuito de aplicar um questionário (ANEXO A) desenvolvido para o próprio estudo que contém avaliações sociodemográficas, de saúdes e comportamento. A base de dados então foi analisada a fim de levantar um perfil clínico-epidemiológico dos estudados, a qual enfrentaram a infecção com a necessidade ou não de tratamento em UTIs em uma cidade do norte gaúcho. Na amostra de 157 participantes houve predomínio de mulheres (52,9%), com idade maior que 60 anos (67,5%), de raça/cor da pele branca (71,3%). A maioria dos participantes relatou ter boa/muito boa/ótima percepção de estado geral de saúde antes da COVID-19 (72,0%) e a maior parte deles havia realizado ao menos duas doses da vacina contra a doença (76,4%). Do total de indivíduos 59,2% apresentavam hipertensão, 38,9% cardiopatias, 35% diabetes, 37,6% hipercolesterolemias e 35% osteopenias. Os sintomas apresentados durante a internação envolveram cansaço (85,3%), mal-estar geral (83,4%), problemas respiratórios (82,2%), tosse (70,7%) e febre (59,2%). As principais sequelas apontadas foram fadiga (80,9%), mal-estar geral (61,8%), dor osteoartromuscular (58,6%), falta de ar (58,0%) e dificuldades para realizar tarefas diárias (51,6%), estas durando em média 38 semanas, as sequelas identificadas em pelo menos um dos três instrumentos é de 114 casos, representando 73,5% da amostra total com uma prevalência calculada de 74% (IC95 67-81%), nas sequelas autorreferidas 84 pessoas tiveram mais que 10 sequelas (53,5%) com uma prevalência calculada de 54% (IC95 46-61%). Ao se avaliar as sequelas inferidas por instrumento nos indivíduos com comorbidades, destaca-se de forma estatisticamente significativa uma maior distribuição do desfecho em indivíduos com mais de 3 comorbidades (79,3%, p<0,048), dentre as comorbidades especificas temos as doenças da saúde mental (86,7%, p<0,018), hipertensão (79,6%, p<0,037), diabetes (85,5%, p<0,013) e osteopenia (83,3%, p<0,043). Na distribuição da presença de comorbidades em relação às sequelas relatadas pelos participantes, observou-se de forma estatisticamente significativa uma maior frequência de sequelas referidas nos indivíduos com comorbidades de saúde mental (76,1%, p<0,001) e sarcopenia (68,4%, p<0,034). Este estudo evidencia prevalência da relação de comorbidades, bem como problemas relacionados com o desfecho. A continuidade na produção de estudos no mesmo âmbito de doenças pré-existentes relacionadas com sequelas do COVID-19 se faz imprescindível para elaboração de dados que sejam, de fato,
Abstract/Resumen: Coronavirus is part of a large family of viruses that cause illnesses ranging from the common cold to more serious illnesses. COVID-19 is caused by the new strain of the Coronavirus discovered in 2019, it is capable of causing Severe Acute Respiratory Syndrome 2 (SARS-COV-2), which poses harmful risks to the population, with some cases so serious that it is necessary to the patient is admitted to Intensive Care Units (ICU). It is known that people with comorbidities are the most likely to be affected by diseases in general, but as for the relationship with COVID-19, as it is something very new, research is needed for confirmation. This was an observational quantitative study, cross-sectional, descriptive and analytical, whose purpose was to describe the relationship of comorbidities and sequelae left in severe cases of infection caused by the SARS-COV-2 virus, entitled COVID-19 . This study was carried out using data obtained from the larger project “Analysis of the post-COVID-19 health situation in the southern region of Brazil”, where home visits were made to the respondents, with data obtained from the Epidemiological Surveillance of the Municipal Secretariat of Passo Fundo – RS, in order to apply a questionnaire (ANNEX A) developed for the study itself, which contains sociodemographic, health and behavior assessments. The database was then analyzed in order to raise a clinical-epidemiological profile of those studied, who faced the infection with or without the need for treatment in ICUs in a city in the north of Rio Grande do Sul. In the sample of 157 participants, there was a predominance of women (52.9%), aged over 60 years (67.5%), of white race/skin color (71.3%). Most participants reported having a good/very good/great perception of their general health status before COVID-19 (72.0%) and most of them had received at least two doses of the vaccine against the disease (76.4% ). Of the total number of individuals, 59.2% had hypertension, 38.9% heart disease, 35% diabetes, 37.6% hypercholesterolemia and 35% osteopenia. Symptoms presented during hospitalization involved tiredness (85.3%), general malaise (83.4%), breathing problems (82.2%), cough (70.7%) and fever (59.2%). . The main sequelae identified were fatigue (80.9%), general malaise (61.8%), osteoarthromuscular pain (58.6%), shortness of breath (58.0%) and difficulties in performing daily tasks (51 .6%), these lasting an average of 38 weeks, the sequelae identified in at least one of the three instruments is 114 cases, representing 73.5% of the total sample with a calculated prevalence of 74% (95CI 67-81%), in the self-reported sequelae, 84 people had more than 10 sequelae (53.5%) with a calculated prevalence of 54% (95CI 46-61%). When evaluating the sequelae inferred by the instrument in individuals with comorbidities, a statistically significant greater distribution of the outcome in individuals with more than 3 comorbidities stands out (79.3%, p<0.048), among the specific comorbidities we have the diseases mental health (86.7%, p<0.018), hypertension (79.6%, p<0.037), diabetes (85.5%, p<0.013) and osteopenia (83.3%, p<0.043). In the distribution of the presence of comorbidities in relation to the sequelae reported by the participants, a statistically significant higher frequency of sequelae was observed in individuals with mental health comorbidities (76.1%, p<0.001) and sarcopenia (68.4 %, p<0.034). This study shows the prevalence of comorbidities, as well as problems related to the outcome. The continuity in the production of studies in the same scope of pre-existing diseases related to the sequelae of COVID-19 is essential for the elaboration of data that are, in fact, true about the relationship. In this way, greater protection may be possible for individuals at risk for future diseases.
Palavras-chave: COVID-19
Comorbidade
Resultado
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Passo Fundo
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/6805
Data do documento: 2023
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