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https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7114| Tipo: | Dissertação |
| Título: | As funções da intentio na psicologia agostiniana |
| Autor(es): | Lovatto, Nathaniel |
| Primeiro Orientador: | Leite, Thiago Soares |
| Primeiro coorientador: | Costa, Joice Beatriz da |
| Primeiro membro da banca: | Soares, Marcio |
| Segundo membro da banca: | Silva, Paula Isabel do Vale Oliveira e |
| Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo a investigação da noção e das funções atribuídas à intentio por Agostinho em sua psicologia, isto é, sua filosofia da alma. Para tanto, parte de um estudo inicial a respeito do radical latino tendo, que origina a palavra intentio e outras relacionadas, assim como seus usos nas obras de Agostinho que foram selecionadas para esta pesquisa; segue-se então a investigação do surgimento e desenvolvimento da intentio da fase inicial à fase madura deste filósofo, na seguinte extensão bibliográfica: A Grandeza da Alma, A Música (VI), O Livre-arbítrio, Confissões (XI), Comentário Literal ao Gênesis (XII), Carta 166 e A Trindade (VIII-XV). A noção de intentio compõe o rol dos conceitos polissêmicos, poliléxicos e assistemáticos agostinianos, tendo um surgimento discreto em A Grandeza da Alma, desenvolvendo-se notavelmente em A Música (VI), Confissões (XI) e Comentário Literal ao Gênesis (XII), para assumir uma posição consolidada no grande tratado agostiniano sobre a alma humana, A Trindade (VIII-XV). Seja pela escrita agostiniana (sua primeira fase é marcada por diálogos filosóficos e a segunda por tratados teológicos, sermões, cartas e uma autobiografia confissionária), seja pela natural mudança de pensamento ao longo do tempo de trabalho filosófico, os conceitos e termos que o filósofo utiliza em suas reflexões filosóficas mudam conforme a obra e tema tratado, tornando-se necessário um trabalho cuidadoso com estes detalhes para que se possa compor aqui não apenas as muitas faces da noção de intentio, mas também seu núcleo conceitual expresso nestes casos (se isto, é claro, for possível). De modo geral, reconstruindo a noção a partir do presente estudo, intentio é o elemento ativo, gradual e direcionado da alma, isto é, um ato em algum grau sobre algo. Certamente é uma concepção genérica, mas é a que dá conta de expressar as três macrofunções da intentio: i) a animação ativa e atenta da alma sobre seu corpo (intentio faciens); ii) a atuação como elemento trinitário indispensável nos atos cognitivos da alma (intentio cogitans); e iii) a indicação do estado moral da alma no panorama ético-ordinário da metafísica agostiniana (intentio ordinaria). Como intentio faciens, mobiliza a ação da alma sobre o corpo que anima, segundo o grau de tensionamento vital, atencional e intencional que emprega, para desempenhar atividades de animação (intentio vitalis), motricidade e sensibilidade; como intentio cogitans, atua sobre as formas e noções impressas na substância espiritual da própria alma e nela mesma, segundo o grau da sua intenção, atenção e fragmentação, de modo a fazer a alma ver, reter, lembrar, imaginar, pensar, crer, raciocinar, compreender-se, contemplar e até mesmo temporalizar sua experiência cognitiva; como intentio ordinaria (que, ressalte-se, é uma expressão não-agostiniana), atua como a orientação da alma em relação às realidades hierarquizadas pela ordem metafísica criada por Deus, de tal modo que a orientação da alma para o que lhe é inferior é uma dispersão (distentio) que inferioriza a alma, para o que lhe é igual é uma concentração (intentio) egoística que lhe estagna e a orientação para o que lhe é superior, isto é, Deus, é uma projeção (extentio) para Aquele que a aperfeiçoa em seu grau máximo e dá a devida ordem a todo o resto submetido à alma. Apesar de ser um dos elementos mais importantes para a atividade da alma humana, a intentio não foi alvo de uma grande sistematização e em muitos momentos nem é chamada pelo próprio nome, sendo normalmente tratada como um elemento conceitual complementar à discussão em questão na obra. Por isso, este trabalho visa esclarecer essa noção e sua presença nas obras do filósofo, a fim de demonstrar sua evolução e consolidação na psicologia agostiniana. |
| Abstract/Resumen: | This research aims to investigate the notion and functions attributed to intentio by Augustine in his psychology, that is, his philosophy of the soul. For that, it starts with an initial study about the Latin root tendo, which originates the word intentio and other related ones, as well as its uses in the works of Augustine that were selected for this research; then follows the investigation of the emergence and development of the intentio from the initial phase to the mature phase of this philosopher, in the following bibliographical extension: The Magnitude of the Soul, On Music (VI), On the Free Choice of the Will, Confessions (XI), The Literal Meaning of Genesis (XII), Letters (166) and On the Trinity (VIII-XV). The notion of intentio makes up the list of polysemic, polylexical and unsystematic Augustinian concepts, having a discreet appearance in The Magnitude of the Soul, developing notably in On Music (VI), Confessions (XI) and The Literal Meaning of Genesis (XII), to take a consolidated position in the great Augustinian treatise on the human soul, On the Trinity (VIII-XV). Whether through Augustinian writing (its first phase is marked by philosophical dialogues and the second by theological treatises, sermons, letters and a confessional autobiography), or through the natural change of thought over the course of philosophical work, the concepts and terms that the philosopher uses in his philosophical reflections change according to the work and theme treated, making it necessary to work carefully with these details so that one can compose here not only the multifaceted notion of intentio, but also its conceptual core expressed in these cases (if that, of course, be possible). In general, reconstructing the notion from the present study, intentio is the gradual and directed active element of the soul, that is, an act in some degree about something. It is certainly a generic conception, but it is the one that manages to express the three macrofunctions of the intentio: i) the active and attentive animation of the soul over its body (intentio faciens); ii) acting as an indispensable Trinitarian element in the cognitive acts of the soul (intentio cogitans); and iii) the indication of the moral state of the soul in the ethical-ordering panorama of Augustinian metaphysics (intentio ordinaria). As intentio faciens, it mobilizes the action of the soul on the body it animates, according to the degree of vital, attentional and intentional tension it employs, to perform activities of animation (intentio vitalis), motricity and sensitivity; as intentio cogitans, it acts on the forms and notions imprinted in the spiritual substance of the soul itself and in itself, according to the degree of its intention, attention and fragmentation, in order to make the soul see, retain, remember, imagine, think, believe, ratiocinate, understand yourself, contemplate and even temporalize your cognitive experience; as intentio ordinaria (which, it should be noted, is a non-Augustinian expression), acts as the orientation of the soul in relation to the hierarchical realities by the metaphysical order created by God, in such a way that the orientation of the soul towards what is inferior to it it is a dispersion (distentio) that makes the soul inferior, towards what is equal to it, it is an egoistic concentration (intentio) that stagnates it, and the orientation towards what is superior to it, that is, God, is a projection (extentio) towards the One who perfects it to its highest degree and gives due order to everything else submitted to the soul. Despite being one of the most important elements for the activity of the human soul, the intentio has not been the target of a great systematization and in many moments it is not even called by its own name, being normally treated as a complementary conceptual element to the discussion in question in the work. Therefore, this work aims to clarify this notion and its presence in the works of the philosopher, in order to demonstrate its evolution and consolidation in Augustinian psychology. |
| Palavras-chave: | Filosofia medieval Psicologia Psicologia Agostiniana Filosofia antiga |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Federal da Fronteira Sul |
| Sigla da Instituição: | UFFS |
| Faculdade, Instituto ou Departamento: | Campus Chapecó |
| Nome do Programa de Pós Graduação : | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
| Tipo de Acesso: | Acesso Embargado |
| URI: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7114 |
| Data do documento: | 31-Ago-2023 |
| Nível: | Mestrado |
| Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
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