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Tipo: Dissertação
Título: O problema da identidade pessoal/eu (personal identity/self) no livro I do Tratado de David Hume: a crítica de Hume à noção de substância mental
Autor(es): Semeler, Luiz Henrique Zanatta
Primeiro Orientador: Zimmermann, Flávio Miguel de Oliveira
Primeiro membro da banca: Conte, Jaimir
Segundo membro da banca: Cachel, Andrea
Resumo: Essa dissertação possui como objetivo analisar o tema da identidade pessoal/eu no Livro I do Tratado da Natureza Humana de David Hume, tendo como eixo principal a sua crítica à noção de substância mental. Para atingir nossos objetivos, essa dissertação é dividida em três capítulos: (1) no primeiro capítulo tratamos de associar a questão central do Tratado, tal como Hume apresenta na introdução, com o problema da identidade pessoal/eu: o projeto humeano de ciência da natureza humana; (2) no segundo capítulo relacionamos a discussão de Hume sobre a origem das ideias e dos princípios associativos, com a concepção de mente enquanto feixe de percepções (no original Bundle of perceptions) que aparece de modo central na seção Da identidade pessoal; (3) no terceiro capítulo, discutimos alguns dos principais elementos da crítica de Hume à ideia de que inere as percepções alguma substância e de que a substância seja o fundamento do eu simples e invariável; em outros termos, a crítica de Hume à noção de substância mental. Rejeitar a ideia de substância mental implica em responder à seguinte questão: qual a relação entre a mente e as percepções? Exploramos duas possibilidades de resposta a essa questão: a primeira possibilidade implica uma explicação da natureza distinta da mente em relação às percepções, resultando na necessidade de uma ciência da mente fundada na noção de substância mental. Na segunda possibilidade, por sua vez, consiste em conceber a mente sem pressupor uma substância distinta das percepções. A opção de Hume pela segunda possibilidade, emerge o caráter positivo de sua ciência da mente que compreende que as relações entre as percepções constituem o que chamamos de mente. Por meio dos princípios de associação, principalmente pela ação da causalidade, nossas percepções se relacionam entre si para formar a mente. Portanto, para analisarmos a identidade pessoal nos termos da crítica do método experimental, a explicação do eu ou identidade pessoal, temos de desvelar a sucessão e conexão entre as percepções como construtora de uma identidade pessoal imperfeita como consequência da rejeição da explicação do eu via substância mental.
Abstract/Resumen: This work aims to analyze the subject of personal identity/self in Book I of David Hume's Treatise of Human Nature, with a main focus on his critique of the notion of mental substance. To achieve our objectives, this work is divided into three chapters: (1) In the first chapter, we address the central question of the Treatise, as presented by Hume in the introduction, and connect it to the problem of personal identity/self: Hume's project of the science of human nature; (2) In the second chapter, we relate Hume's discussion of the origin of ideas and associative principles to the concept of the mind as a bundle of perceptions, which is centrally featured in the section on personal identity; (3) In the third chapter, we discuss some key elements of Hume's critique of the idea that perceptions involve some substance and that substance is the foundation of the simple and unchanging self; in other words, Hume's critique of the notion of mental substance. Rejecting the idea of mental substance implies answering the following question: what is the relationship between the mind and perceptions? We explore two possible answers to this question: the first possibility involves an explanation of the nature of the mind distinct from perceptions, resulting in the need for a science of mind based on the notion of mental substance. The second possibility, on the other hand, entails conceiving the mind without presupposing a substance distinct from perceptions. Hume's choice of the second possibility highlights the positive nature of his science of mind, which understands that the relationships between perceptions constitute what we call the mind. Through the principles of association, primarily through the action of causality, our perceptions relate to each other to form the mind. Therefore, to analyze personal identity in terms of the experimental method's critique, the explanation of the self or personal identity must unveil the succession and connection between perceptions as the builder of an imperfect personal identity as a consequence of rejecting the explanation of the self via mental substance.
Palavras-chave: Identidade
Personalidade
Individualidade
Mente
Estado de consciência
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Chapecó
Nome do Programa de Pós Graduação : Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7518
Data do documento: 16-Fev-2024
Nível: Mestrado
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