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Tipo: Monografia
Título: Estudo da espécie exótica invasora javali (Sus scrofa) e seus derivados no Brasil
Autor(es): Mescka, Gustavo Andre
Primeiro Orientador: Garcia, Juliano Roberto Alves
Primeiro membro da banca: Tones, Aline Raquel Muller
Segundo membro da banca: Cardoso, Manuela Gomes
Resumo: Devido ao crescimento desenfreado e ao fato de não possuir predador natural, em janeiro de 2013 o governo brasileiro através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) publicou a Instrução Normativa (IN) 03/2013 proibindo a criação, comercialização e importação de javalis (Sus scrofa) dentro do território nacional, bem como estabelecendo medidas para conter o crescimento da população de javalis já existente no país. Vale ressaltar, que o javali é uma espécie exótica invasora no Brasil sendo permitido o seu abate desde que se respeite a IN 03/2013. No Brasil, existem 3 espécies nativas de porcos selvagens que são protegidas por lei (Lei Nº 5197/1967), sendo estes, o Queixada, Cateto (ou Caititu) e, Cateto-Mundéu, destes 3, o queixada ainda é encontrado no território do Rio Grande do Sul e, recentemente, voltou-se a se avistar no estado alguns exemplares de cateto (ou caititu). Desta forma, o objetivo deste trabalho é demonstrar a importância em fazer o correto manejo do javali afim de diminuir os impactos causados ao ambiente, a economia e a saúde pública, bem como mostrar as diferentes formas de manejo deste animal no Brasil, além das doenças que podem transmitir. O presente trabalho consiste numa revisão bibliográfica no que se diz respeito a presença da espécie exótica invasora javali (Sus scrofa Linnaeus) no Brasil, desde a sua chegada com os imigrantes europeus, bem como os impactos que essa espécie invasora vem causando tanto ao ser humano quanto as espécies nativas. Até o começo da década de 90, no Brasil, a criação e a importação de javalis, pois os mesmos ainda não eram vistos como potenciais pragas, porém a partir de 1995, o primeiro estado do Brasil a liberar mesmo que de forma experimental a caça de bandos de javalis asselvajados que estavam provocando grandes estragos no território local. Após o pioneirismo deste Estado, Rio Grande do Sul, até o começo dos anos 2000, praticamente todos os estados do Brasil criaram leis ou portarias sobre esse assunto, devido a grande expansão desses bandos de javalis asselvajados. Em 2013 por meio de leis e da IN 03, o governo federal proibiu a continuidade de funcionamento de criadores de javalis no território nacional, no entanto sabe-se que até hoje, alguns criadores ainda continuam na ativa, muito em função de entrarem com recursos contra o encerramento da atividade e estes recursos ainda não chegaram nas instâncias superiores. Em 2019, o IBAMA por meio da IN 12, definiu alguns pontos que não eram mencionados pela IN 03, especialmente a utilização de cães para o manejo de javalis e a criação do Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf) para se fazer o monitoramento das atividades de manejo de javalis no território nacional. Com base em estudos realizados por pesquisadores em diferentes estados, é possível afirmar, que os 8 javalis podem transmitir vários tipos de doenças, tais como raiva, toxoplasmose, febre aftosa, tuberculose, entre outras. O fato destes animais transmitirem doenças, corrobora para que sejam muito importantes na hora da determinação do método a ser utilizado no manejo, visto que os métodos que utilizam cães, costumam esparramar os indivíduos da população a ser controlada, o que nesse caso, não se é desejável.
Abstract/Resumen: Due to the unbridled growth and the fact that it has no natural predator, in January 2013 the Brazilian government through the Brazilian Institute of the Environment and Renewable Natural Resources (IBAMA) published the Normative Instruction (IN) 03/2013 prohibiting the breeding, commercialization and importation of wild boars (Sus scrofa) within the national territory, as well as establishing measures to contain the growth of the wild boar population already existing in the country. It is worth mentioning that the wild boar is an invasive alien species in Brazil, and its slaughter is allowed as long as it complies with IN 03/2013. In Brazil, there are 3 native species of wild pigs that are protected by law (Law No. 5197/1967), these being the White-lipped Peccary, Collared Peccary (or Caititu) and, Collared Peccary, of these 3, the white-lipped peccary is still found in the territory of Rio Grande do Sul and, recently, some specimens of collared peccary (or peccary) have been sighted again in the state. Thus, the objective of this work is to demonstrate the importance of correctly managing the wild boar in order to reduce the impacts caused to the environment, the economy and public health, as well as to show the different ways of handling this animal in Brazil, in addition to the diseases they can transmit. The present work consists of a literature review regarding the presence of the invasive alien species wild boar (Sus scrofa Linnaeus) in Brazil, since its arrival with European immigrants, as well as the impacts that this invasive species has been causing both to humans and native species. Until the beginning of the 90's, in Brazil, the breeding and importation of wild boars, as they were not yet seen as potential pests, but from 1995, the first state in Brazil to allow even in an experimental way the hunting of flocks of wild boars that were causing great damage in the local territory. After the pioneering spirit of this state, Rio Grande do Sul, until the beginning of the 2000s, practically all states in Brazil created laws or ordinances on this subject, due to the great expansion of these wild boar flocks. In 2013, through laws and IN 03, the federal government prohibited the continued operation of wild boar breeders in the national territory, however, it is known that to this day, some breeders are still active, largely due to filing appeals against the closure of the activity and these appeals have not yet reached the higher courts. In 2019, IBAMA, through IN 12, defined some points that were not mentioned by IN 03, especially the use of dogs for the management of wild boars and the creation of the Fauna Management Information System (Simaf) to monitor wild boar management activities in the national territory. Based on studies carried out by researchers in different states, it is possible to state, that wild boars can transmit various types of diseases, such as rabies,10 toxoplasmosis, foot-and-mouth disease, tuberculosis, among others. The fact that these animals transmit diseases corroborates that they are very important when determining the method to be used in management, since the methods that use dogs usually spread the individuals of the population to be controlled, which in this case, is not desirable.
Palavras-chave: Suínos
Porcos selvagens
Abate
Toxoplasmose
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Cerro Largo
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7543
Data do documento: 2023
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