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Tipo: Monografia
Título: Injúria renal aguda em pacientes de terapia intensiva: incidência e perfil clínico-epidemiológico
Autor(es): Duarte, Carlos Eduardo Carra
Primeiro Orientador: Acrani, Gustavo Olszanski
Primeiro coorientador: Lara, Darlan Martins
Primeiro membro da banca: Acrani, Gustavo Olszanski
Segundo membro da banca: Pilau, Janaína
Terceiro membro da banca: Dorigo, Guilherme Gustavo
Resumo: Objetivo: Estimar a incidência de pacientes internados em leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) acometidos pela injúria renal aguda (UTI). Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva, realizada por meio de dados coletados por consulta aos prontuários de pacientes internados em UTI em um hospital do norte gaúcho, de janeiro a dezembro de 2022. Foram incluídos todos os indivíduos, exceto aqueles com doença renal crônica estágios 4 ou 5, IRA prévia à internação, histórico de transplante renal, nefrectomia, rim único, internação prévia em UTI e permanência inferior a 24 horas. O diagnóstico de IRA foi definido pela análise de biomarcadores renais e critérios de débito urinário, conforme a diretriz KDIGO. As análises incluíram a distribuição absoluta (n) e relativa (%) das frequências das variáveis categóricas e de medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis numéricas. Resultados: A amostra total do estudo incluiu 528 pacientes, dos quais 41,7% apresentaram IRA. Sobre a IRA, esta esteve presente em 54% dos internados por causas respiratórias, com sua ocorrência aumentando em internações superiores a 3 semanas (77,4%) e naqueles com maiores graus de obesidade (58,1%). Com relação ao momento de admissão, pacientes com internações clínicas (51,9%) e com hipotensão arterial diastólica (52,9%) estavam predominantemente no grupo 45 com IRA. Entre pacientes com necessidade de ventilação mecânica 44% compunham o grupo com IRA, assim como os de alto padrão ventilatório (57,1%), sendo as doenças respiratórias a condição com a maior porcentagem de pacientes com IRA (64,9%). Entre os medicamentos utilizados, 48,3% dos pacientes em utilização de contraste endovenoso desenvolveram IRA, seguido por antibióticos específicos, como Vancomicina e aminoglicosídeos, que somaram 47,2%. Em relação aos sintomas, entre os indivíduos com alterações miccionais, 66,6% cursaram com IRA e naqueles com cefaleia, 59,4%. Os resultados laboratoriais mostraram uma média de creatinina de 2,14 mg/dL (± 1,09) no dia da IRA, com 91,1% dos pacientes apresentando níveis superiores a 1,2 mg/dL. A disnatremia foi prevalente em cerca de 85% dos pacientes, e acidose metabólica também foi comum, com um pH médio de 7,33 (± 0,14). A diurese foi predominantemente não-oligúrica (74,8%), e entre as causas da IRA houve predomínio da pré-renal (50%). O tempo de surgimento da IRA foi de até 24 horas em 67,9% dos casos e apenas 14,6% dos pacientes necessitaram de terapia renal substitutiva (TRS). Entre os desfechos, dos pacientes que foram a óbito, 86,5% estavam no grupo com IRA. Conclusão: Apesar das limitações, os achados são consistentes com estudos recentes, destacando a complexidade e gravidade da IRA em pacientes críticos. Neste estudo, parâmetros como a disnatremia, a acidose metabólica e a ocorrência de doenças respiratórias estiveram mais elevadas do que o esperado. Este trabalho pode colaborar com estudos semelhantes, buscando compreender melhor as relações, os desfechos e a dinâmica da IRA.
Abstract/Resumen: Objective: To estimate the incidence of patients admitted to intensive care unit (ICU) beds affected by acute kidney injury (AKI). Methodology: Retrospective cohort study, carried out using data collected by consulting the medical records of patients admitted to the ICU at a hospital in the north of Rio Grande do Sul, from January to December 2022. All individuals were included, except those with stage 4 or 5 chronic kidney disease, AKI prior to hospitalization, a history of kidney transplantation, nephrectomy, single kidney, previous ICU admission and a stay of less than 24 hours. The diagnosis of AKI was defined by analyzing renal biomarkers and urine output criteria, according to the KDIGO guideline. The analyses included the absolute (n) and relative (%) distribution of the frequencies of the categorical variables and measures of central tendency and dispersion for the numerical variables. Results: The total study sample included 528 patients, 41.7% of whom had AKI. Regarding AKI, it was present in 54% of those admitted for respiratory causes, with its occurrence increasing in hospitalizations of more than 3 weeks (77.4%) and in those with higher degrees of obesity (58.1%). Regarding the time of admission, patients with clinical admissions (51.9%) and with diastolic arterial hypotension (52.9%) were predominantly in the AKI group. Among patients requiring mechanical ventilation, 44% were in the AKI group, as well as those with high ventilation standards (57.1%), being respiratory diseases the condition with the highest percentage of patients with ARI (64.9%). Among the drugs used, 48.3% of patients using intravenous contrast developed AKI, followed by specific antibiotics such as vancomycin and aminoglycosides, which accounted for 47.2%. In terms of symptoms, 66.6% of those with voiding alterations developed AKI and 59.4% of those with headaches. Laboratory results showed a mean creatinine level of 2.14 mg/dL (± 1.09) on the day of AKI, with 91.1% of patients having levels higher than 1.2 mg/dL. Dysnatremia was prevalent in around 85% of patients, and metabolic acidosis was also common, with a mean pH of 7.33 (± 0.14). Diuresis was predominantly non-oliguric (74.8%), and among the causes of AKI there was a predominance of pre-renal (50%). The time to onset of AKI was up to 24 hours in 67.9% of cases and only 14.6% of patients required renal replacement therapy (RRT). Among the outcomes, 86.5% of the patients who died were in the AKI group. Conclusion: Despite the limitations, the findings are consistent with recent studies, highlighting the complexity and severity of AKI in critically ill patients. In this study, parameters such as dysnatremia, metabolic acidosis and the occurrence of respiratory diseases were higher than expected. This study can contribute to similar studies, seeking to better understand the relationships, outcomes and dynamics of AKI.
Palavras-chave: Fatores de risco
Injúria
Nefropatias
Rim
Pacientes internados
Saúde pública
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Passo Fundo
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7945
Data do documento: 2024
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