Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8485
Tipo: | Monografia |
Título: | Análise espaço-temporal dos casos de sífilis gestacional no estado de Santa Catarina, Brasil, 2013 a 2022 |
Autor(es): | Zamboni, Julia |
Primeiro Orientador: | Potrich, Tassiana |
Primeiro coorientador: | Conceição, Vander Monteiro da |
Resumo: | Introdução: O crescimento da sífilis gestacional no Brasil é um sinal de grande preocupação para a saúde pública. Ainda, pode ser visto como um problema social visto que, a ausência de tratamento apropriado pode levar a consequências sérias, como abortos espontâneos, abortos prematuros, partos antecipados e sífilis congênita. Objetivo: analisar a relação global e local entre os casos confirmados de sífilis gestacional de Santa Catarina, Brasil, a partir da série histórica de 2013-2022. Método: Pesquisa quantitativa do tipo ecológica a qual utilizou informações secundárias e públicas disponíveis nos sites da DIVE e do Ministério da Saúde. Os dados foram extraídos no mês de maio de 2024. Os dados utilizados foram: taxa de detecção de sífilis na gestação segundo município/ano, faixa etária da gestante/ano, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Cobertura de Estratégia de Saúde da Família (CESF). O estudo foi conduzido em todos os municípios do estado, que abriga aproximadamente 7,6 milhões de pessoas e 2,2 milhões de mulheres em idade fértil. Resultados e discussão: Foram coletados dados de 17.656 gestantes no recorte temporal de 2013 a 2022. Foi realizada análise descritiva, análise de distribuição espacial e de correlação. Foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), para realizar a análise descritiva, enquanto o ArcGIS foi empregado para analisar a incidência de sífilis gestacional, através de mapas coropléticos e do Índice Global de Moran, que avalia a autocorrelação espacial. Ao analisar a distribuição espacial da taxa de incidência ao longo deste período histórico, encontrou-se áreas que apresentaram uma maior concentração de casos, tal fator está relacionado a desigualdades no acesso aos serviços de saúde, cobertura pré-natal e aspectos socioeconômicos. Entre 2013 e 2022, os casos de sífilis gestacional em Santa Catarina aumentaram de forma expressiva, com o maior número de registros em 2022. O Índice Global de Moran e o LISA demonstraram a existência de agrupamentos de municípios com taxas de incidência similares. Os municípios de Joinville, Blumenau, Caçador, Itajaí e Balneário Camboriú são classificados como maiores concentrações, abrangendo regiões com diferentes condições socioeconômicas. Inicialmente, os casos estavam concentrados no nordeste do estado, mas se expandiram para o Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Sul Catarinense. As gestantes mais afetadas estão na faixa etária de 20 a 29 anos. Contudo, mais da metade dos dados relacionados à escolaridade, diagnóstico e tratamento são incompletos, o que prejudica uma análise mais detalhada. Apesar de Santa Catarina ter um IDH médio considerado alto, há desigualdades regionais, com cobertura de equipes de Saúde da Família inferior a 90% em áreas de alta incidência. Para enfrentar a sífilis gestacional, é fundamental ampliar a cobertura da atenção básica, fortalecer o diagnóstico e o tratamento, além de adotar políticas públicas para reduzir desigualdades e melhorar a saúde das gestantes e de seus bebês. |
Abstract/Resumen: | Introduction: The growth of gestational syphilis in Brazil is a sign of great concern for public health. Furthermore, it can be seen as a social problem since the absence of appropriate treatment can lead to serious consequences, such as spontaneous abortions, premature abortions, premature births and congenital syphilis. Objective: to analyze the global and local relationship between confirmed cases of gestational syphilis in Santa Catarina, Brazil, based on the historical series from 2013-2022. Method: Quantitative ecological research which used secondary and public information available on the DIVE and Ministry of Health websites. The data was extracted in May 2024. The data used were: syphilis detection rate during pregnancy according to municipality /year, age group of the pregnant woman/year, Human Development Index (HDI) and Family Health Strategy Coverage (CESF). The study was conducted in all municipalities in the state, which is home to approximately 7.6 million people and 2.2 million women of childbearing age. Results and discussion: Data were collected from 17,656 pregnant women from 2013 to 2022. Descriptive analysis, spatial distribution and correlation analysis were performed. The Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) was used to perform the descriptive analysis, while ArcGIS was used to analyze the incidence of gestational syphilis, through choropleth maps and the Moran Global Index, which evaluates spatial autocorrelation. When analyzing the spatial distribution of the incidence rate throughout this historical period, areas were found that presented a greater concentration of cases, this factor is related to inequalities in access to health services, prenatal coverage and socioeconomic aspects. Between 2013 and 2022, cases of gestational syphilis in Santa Catarina increased significantly, with the highest number of records in 2022. The Moran Global Index and LISA demonstrated the existence of clusters of municipalities with similar incidence rates. The municipalities of Joinville, Blumenau, Caçador, Itajaí and Balneário Camboriú are classified as having the highest concentrations, covering regions with different socioeconomic conditions. Initially, the cases were concentrated in the northeast of the state, but expanded to Vale do Itajaí, Greater Florianópolis and Sul Catarinense. The most affected pregnant women are between the ages of 20 and 29. However, more than half of the data related to education, diagnosis and treatment are incomplete, which hinders a more detailed analysis. Although Santa Catarina has a high average HDI, there are regional inequalities, with Family Health team coverage below 90% in high incidence areas. To combat gestational syphilis, it is essential to expand primary care coverage, strengthen diagnosis and treatment, in addition to adopting public policies to reduce inequalities and improve the health of pregnant women and their babies. |
Palavras-chave: | Sífilis Saúde pública Gestantes Santa Catarina |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal da Fronteira Sul |
Sigla da Instituição: | UFFS |
Faculdade, Instituto ou Departamento: | Campus Chapecó |
Tipo de Acesso: | Acesso Embargado |
URI: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8485 |
Data do documento: | 2024 |
Aparece nas coleções: | Enfermagem |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
ZAMBONI.pdf | 828,34 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir Solictar uma cópia |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.