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https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8697
Tipo: | Monografia |
Título: | Fármacos da coagulação análise do uso como prevenção primária e secundária em quadros de acidente vascular cerebral |
Autor(es): | Kieling, Daniel Marchi |
Primeiro Orientador: | Lindemann, Ivana Loraine |
Primeiro coorientador: | Ragnini, Daniela |
Primeiro membro da banca: | Lindemann, Ivana Loraine |
Segundo membro da banca: | Mesquita Filho, Paulo Moacir |
Terceiro membro da banca: | Roman, Alexc |
Resumo: | Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença que apresenta importante morbimortalidade. Objetivo: Analisar se o uso prévio de fármacos da coagulação (anticoagulantes e antiagregantes) está associado a melhores desfechos na prevenção primária de AVC. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizado em centro de referência no norte gaúcho, com indivíduos ≥18 anos atendidos entre 2017 e 2022 após primeiro AVC isquêmico ou hemorrágico. Foram analisadas variáveis sociodemográficas, comorbidades/fatores de risco, parâmetros clínicos e desfechos (sequelas ao fim da internação, tempo de internação e óbito). Realizou-se estatística descritiva, estimativa da incidência dos desfechos com intervalo de confiança de 95% (IC 95) e Regressão de Poisson para identificar fatores de risco, com cálculo dos Riscos Relativo (RR) ajustados e IC95 em análise multivariada. Resultados: A amostra (n=884) apresentou maioria de homens (50,8%), brancos (91,3%) e com 60 ou mais anos de idade (68,4%). A maioria dos pacientes que faziam uso de antiagregantes (47,6%) tiveram pontuações entre 6 e 14 pontos na escala NIHSS, 3 sintomas na admissão (31,3%) e nenhuma complicação durante a internação (59,9%), com tempo de internação maior do que 5 dias (70,1%) e com nenhuma sequela ao sair do hospital (40,1%), sendo que 12,9% evoluíram para óbito. Para os em uso de anticoagulantes, a maioria teve pontuação entre 0 e 5 pontos na escala (47%), 3 sintomas na admissão (33,3%) e nenhuma complicação durante a internação (72,9%), sendo que 79,2% ficaram internados por mais do que 5 dias, 45,8% não apresentaram sequelas e 6,3% evoluíram para óbito. Para os que não usavam esses fármacos, 49% tiveram pontuações entre 6 e 14 pontos de NIHSS, 31,6% tiveram 2 sintomas na admissão e 65,7% não apresentaram complicações, sendo que 68,3% permaneceu mais do que 5 dias na internação, 48,6% não apresentou sequelas e 17,3% evoluíram para óbito. Observou-se que a incidência de períodos de internação mais longos (>5 dias) foi de 69% (IC95 66-72), a de mais sequelas na alta foi de 53% (IC95 50-56), sendo observada associação estatística com maior número de sinais e sintomas apresentados na admissão (RR=1,96; IC95 1,40-2,75; p<0,001). A incidência de óbitos foi de 17% (IC 95 14-19), com associação com maior pontuação na escala NIHSS (RR=5,01; IC95 1,64-15,3; p=0,001) e naqueles que tiveram pelo menos uma complicação durante a internação (RR=4,59; IC95 1,07-19,8; p= 0,041). Conclusão: O uso de fármacos da coagulação como prevenção primária não é capaz de produzir alterações significativas no desfecho durante a fase aguda do AVC. |
Abstract/Resumen: | Introduction: Stroke is a disease associated with significant morbidity and mortality. Objective: To analyze whether the prior use of coagulation-related drugs (anticoagulants and antiplatelet agents) is associated with better outcomes in the primary prevention of stroke. Methods: A retrospective cohort study conducted at a referral center in northern Rio Grande do Sul, Brazil, including individuals aged ≥18 years treated between 2017 and 2022 after a first ischemic or hemorrhagic stroke. Sociodemographic variables, comorbidities/risk factors, clinical parameters, and outcomes (sequelae at discharge, length of hospital stay, and death) were analyzed. Descriptive statistics were performed, outcome incidence was estimated with a 95% confidence interval (95% CI), and Poisson regression was used to identify risk factors, with adjusted Relative Risks (RR) and 95% CIs calculated in a multivariate analysis. Results: The sample (n=884) consisted mostly of men (50.8%), white individuals (91.3%), and those aged 60 years or older (68.4%). Among patients using antiplatelet agents, 47.6% had NIHSS scores between 6 and 14, 31.3% presented with 3 symptoms upon admission, and 59.9% had no complications during hospitalization; 70.1% were hospitalized for more than 5 days, 40.1% had no sequelae at discharge, and 12.9% died. Among those on anticoagulants, 47% had NIHSS scores between 0 and 5, 33.3% had 3 symptoms at admission, and 72.9% had no complications; 79.2% were hospitalized for more than 5 days, 45.8% had no sequelae, and 6.3% died. Among those not using these medications, 49% had NIHSS scores between 6 and 14, 31.6% had 2 symptoms at admission, and 65.7% had no complications; 68.3% stayed in the hospital for more than 5 days, 48.6% had no sequelae, and 17.3% died. The incidence of longer hospital stays (>5 days) was 69% (95% CI: 66–72), and the incidence of more sequelae at discharge was 53% (95% CI: 50–56), with a statistically significant association observed for a higher number of signs and symptoms at admission (RR=1.96; 95% CI: 1.40–2.75; p<0.001). The incidence of death was 17% (95% CI: 14–19), associated with higher NIHSS scores (RR=5.01; 95% CI: 1.64–15.3; p=0.001) and with the occurrence of at least one complication during hospitalization (RR=4.59; 95% CI: 1.07–19.8; p=0.041).Conclusion: The use of coagulation-related drugs for primary prevention does not appear to produce significant changes in outcomes during the acute phase of stroke. |
Palavras-chave: | Acidente vascular cerebral Anticoagulantes Prevenção primária |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal da Fronteira Sul |
Sigla da Instituição: | UFFS |
Faculdade, Instituto ou Departamento: | Campus Passo Fundo |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8697 |
Data do documento: | 2025 |
Aparece nas coleções: | Medicina |
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