Please use this identifier to cite or link to this item: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8904
Type: Monografia
Title: Os impactos da dor na qualidade de vida de pacientes em acompanhamento terapêutico para câncer de mama
Author: Esposti, Maria Júlia Pigatti Degli
Siqueira, Maria Luíza Raitz
First advisor: Maciel, Sarah Franco Vieira de Oliveira
Resume: O câncer de mama configura-se como uma das neoplasias mais prevalentes entre as mulheres, sendo uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Para além das implicações físicas, a doença acarreta sofrimento psicológico e compromete de forma significativa a qualidade de vida das pacientes. Dentre os fatores que influenciam negativamente essa qualidade de vida, a dor ocupa lugar de destaque. Esta pesquisa teve como objetivo investigar o impacto da dor na qualidade de vida de mulheres em tratamento ou que finalizaram o tratamento para o câncer de mama, atendidas por instituições de apoio no município de Chapecó/SC. Trata-se de um estudo de natureza quali-quantitativa, com delineamento observacional e transversal, realizado com mulheres acompanhadas pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Chapecó e pela Ação Social Diocesana. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais, utilizando uma ficha de identificação e parte do questionário Br-MPQ (Brazilian Version of the McGill Pain Questionnaire). A análise de dados foi conduzida por meio de métodos qualitativos “Nuvens de Palavras”) e quantitativos, utilizando estatística descritiva. A amostra foi composta por 15 participantes, com idade média de 55 anos. Os resultados mostraram que muitas participantes adotaram estratégias farmacológicas e não farmacológicas no manejo da dor. Observou-se uma predominância de dor profunda localizada, especialmente no membro superior direito. Foi constatado que pacientes que já haviam finalizado o tratamento relataram com maior frequência dor de intensidade mínima (p=0,02). A análise revelou que a dor interferiu de forma significativa nas atividades laborais, de lazer e tarefas domésticas, além de impactar negativamente o sono. Apesar disso, a maioria das participantes não relatou impactos negativos nas suas relações sociais devido ao câncer de mama. Na autoavaliação, embora a dor tenha sido considerada difícil de tolerar, predominaram sentimentos de utilidade, satisfação com a vida e ausência de percepção de doença. Os achados reforçam a presença de múltiplas dimensões na experiência da dor, em consonância com a literatura, que evidenciam a necessidade de uma abordagem clínica integral. A dor, no contexto do câncer de mama, não deve ser tratada apenas como sintoma isolado, mas como fator que compromete a vivência da mulher em diversos aspectos. Assim, torna-se fundamental a adoção de intervenções humanizadas e individualizadas, que promovam a comunicação efetiva com a equipe de saúde e respeitem as percepções e preferências das pacientes.
Abstract: Breast cancer is one of the most prevalent neoplasms among women and is a leading cause of morbidity and mortality worldwide. In addition to its physical implications, the disease causes psychological suffering and significantly compromises patients' quality of life. Pain is one of the factors that negatively influences this quality of life. This study aimed to investigate the impact of pain on the quality of life of women undergoing or who have completed treatment for breast cancer, receiving care from support institutions in the city of Chapecó/SC. This is a qualitative and quantitative study with an observational, cross-sectional design, carried out with women monitored by the Rede Feminina de Combate ao Câncer de Chapecó and the Ação Social Diocesana. Data collection was performed through individual interviews using an identification form and part of the Br-MPQ questionnaire (Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire). Data analysis employed qualitative methods (including word clouds) and quantitative methods using descriptive statistics. The sample consisted of 15 participants, with a mean age of 55 years. Results showed that many participants adopted both pharmacological and non-pharmacological strategies to manage pain. A predominance of localized deep pain was observed, especially in the right upper limb. It was found that patients who had completed treatment more frequently reported pain of minimal intensity (p=0.02). The analysis revealed that pain significantly interfered with work, leisure, and household activities, as well as negatively impacting sleep. Despite this, most participants did not report negative impacts on their social relationships due to breast cancer. In the self-assessment, although pain was considered difficult to tolerate, feelings of usefulness, life satisfaction, and absence of illness perception predominated. These findings reinforce the multidimensional nature of pain experience, in line with the literature that highlights the need for a comprehensive clinical approach. Pain, in the context of breast cancer, should not be treated as an isolated symptom but as a factor that compromises the woman's experience in multiple aspects. Therefore, it is essential to adopt humanized and individualized interventions that promote effective communication with the healthcare team and respect patients' perceptions and preferences.
Keywords: Neoplasias mamárias
Dor
Qualidade de vida
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal da Fronteira Sul
Acronym of the institution: UFFS
College, Institute or Department: Campus Chapecó
Type of Access: Acesso Embargado
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8904
Issue Date: 2025
Appears in Collections:Medicina

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
ESPOSTI-SIQUEIRA.pdf918.66 kBAdobe PDFView/Open    Request a copy


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.