Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2402
Tipo: Dissertação
Título: "Que a verdade seja bem comum de todos os homens": uma análise das teorias filosóficas da verdade em Bloch e Febvre
Autor(es): Agostini, Emanoela
Primeiro Orientador: Souza, Fábio Francisco Feltrin de
Primeiro membro da banca: Souza, Fábio Feltrin de
Segundo membro da banca: Brzozowski, Jerzy André
Terceiro membro da banca: Armani, Carlos Henrique
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar qual teoria filosófica da verdade está presente na escrita de Marc Bloch e Lucien Febvre. Ao lado desse objetivo, está a intenção de perceber se a teoria presente nos fundadores dos Annales é semelhante a que orienta a escrita dos historiadores metódicos Langlois e Seignobos, considerando que o discurso dos historiadores “annalistas”, principalmente o Febvre, assim como o de alguns herdeiros desse movimento, é de ruptura em relação à historiografia metódica. Neste sentido, buscamos contestar a ideia de “revolução historiográfica” sinalizando as continuidades entre essas historiografias. Este estudo demanda interdisciplinaridade e realiza diálogos entre áreas da história e da filosofia. A fim de atender a esses objetivos, primeiro, apresentamos o surgimento e a institucionalização dos Annales, inscrevendo o movimento no contexto histórico-científico no limiar o século XX e expondo alguns diálogos interdisciplinares mantidos por Bloch e Febvre. Ainda no primeiro capítulo comentamos acerca da noção de paradigma e questionamos a ideia de ruptura historiográfica dos Annales, argumentando que muitos dos aspectos anunciados como novidade já estavam presentes na historiografia “tradicional”. Num segundo momento esclarecemos o que é a verdade, o que são portadores de verdade e apresentamos as teorias da verdade como correspondência e coerência para então analisar essas questões na escrita dos historiadores “annalistas”, trabalho realizado na terceira parte desta dissertação. As principais fontes de análise foram: O problema da incredulidade no século XVI e Combates pela história de Febvre; Apologia da história ou o ofício do historiador e Os reis taumaturgos de Bloch e Introdução aos estudos históricos de Seignobos e Langlois. Percebemos que, salvo especificidades, a definição e os critérios de identificação da verdade de Bloch, Febvre, Seignobos e Langlois são muito próximos. Esses historiadores definem a verdade como correspondência entre as afirmações contidas no testemunho e/ou ciência histórica e os fatos pertencentes a realidade do pretérito. Além disso entendem que os critérios que identificam as afirmações verdadeiras contidas no testemunho fundamentam-se na coerência entre esses testemunhos e demais vestígios e em relação ao conhecimento histórico já produzido. Nos parece, portanto, que a noção de verdade é mais um traço de continuidade entre as historiografias em questão.
Abstract/Resumen: The aim of this study is to analyze what philosophical theory of truth is present in Bloch’s and Febvre’ writings. In addition to this, there is the intention to see if the theory present in the founders of the Annales is similar to that which guides the writings of the methodical historians Langlois and Seignobos, considering that the discourse of the "Annales" historians, mainly Febvre, as other heirs of this movement, is a rupture in relation to methodical historiography. Based on this, the idea of "historiographical revolution" is challenged, pointing out the continuities between these historiographies. This study demands interdisciplinarity and conducts dialogues between history and philosophy areas. In order to meet these objectives, first, the emergence and institutionalization of the Annales was presented, contextualizing the movement in the historical-scientific context at the threshold of the twentieth century and exposing some interdisciplinary dialogues by Bloch and Febvre. In the first chapter the notion of paradigm was commented and the idea of historiography rupture of the Annales was questioned, it was also realized that many of the aspects announced as novelty were already present in the "traditional" historiography. In a second moment it was clarified what truth is, what truth bearers are, and the theories of truth as correspondence and coherence were presented, and then in the third part of this dissertation, those questions were analyzed in the "annales" historians writings. The main sources of analysis were: The Problem of Unbelief in the Sixteenth Century and The Comebacks through History by Febvre; The Historian’s Craft and The Thaumaturge Kings by Bloch and Introduction to the Study of History by Seignobos and Langlois. It was realized that, except for some specificities, the definition and truth-identification criteria of Bloch, Febvre, Seignobos and Langlois are very close. These historians define the truth as a correspondence between the statements contained in the testimony and/or historical science and the facts pertaining to the reality of the past. Furthermore, they understand that the criteria that identify the true statements contained in the testimony are based on the coherence between these testimonies and other vestiges and on the historical knowledge already produced. It seems, therefore, that the notion of truth is another trace of continuity between the historiographies in question.
Palavras-chave: História
Historiografia
Verdade
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Erechim
Nome do Programa de Pós Graduação : Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2402
Data do documento: 13-Mar-2018
Nível: Mestrado
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
AGOSTINI.pdf1,53 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.