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Tipo: Artigo Cientifico
Título: Índio já sofre por ser índio: língua e identidade em redações de indígenas
Autor(es): Aguiar, Gabriele de
Primeiro Orientador: Stübe, Angela Derlise
Resumo: Esta pesquisa analisa sentidos mobilizados sobre o ser-indígena no ensino superior em redações de sujeitos indígenas participantes do Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas (PIN) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Para atingir tal objetivo, foram selecionadas algumas sequências discursivas de redações elaboradas no PIN-UFFS (2016), as quais, por meio de marcas de regularidades, nos possibilitaram compor nosso gesto interpretativo. Do ponto de vista teórico, situamo-nos na perspectiva discursiva, Análise de Discurso (AD) de orientação francesa, para a qual a língua é afetada pelo político, pelo histórico, pelo social e pelo ideológico. Para tanto, selecionamos autores que dedicam seus esforços a questões de língua e identidade pela AD como Pêcheux (2012), Orlandi (2008) e Coracini (2007). Além disso, tratamos as redações como uma possibilidade de escrita de si (FOUCAULT, 2009; GUERRA, 2012). Ao observar a vinda de alunos indígenas para a UFFS, inquieta-nos como os sentidos sobre língua e identidade desses sujeitos são afetados ao necessitarem adequar-se ao lugar do outro, do não-indígena. Entendemos que isso pode produzir o apagamento dessas línguas indígenas, constituintes de grupos minoritários, sem discussão dessa inserção e das consequências para a formação dos alunos e dos professores. Os resultados apontam para uma ruptura em relação à língua materna do indígena nas redações consideradas como um espaço de escrita de si. Ao habitar o lugar considerado do não-indígena, o indígena sofre um silenciamento de sua língua e identidade a fim de ser aceito.
Abstract/Resumen: Esta investigación analiza sentidos movilizados sobre el ser-indígena en la enseñanza superior en redacciones de sujetos indígenas participantes del Programa de Acceso y Permanencia de los Pueblos Indígenas (PIN) de la Universidad Federal de la Frontera Sur (UFFS). Para alcanzar tal objetivo, fueron seleccionadas algunas secuencias discursivas de redacciones elaboradas en el PIN-UFFS (2016), las cuales, por medio de marcas de regularidades, nos posibilitaron componer nuestro gesto interpretativo. Desde el punto de vista teórico, nos situamos en la perspectiva discursiva, Análisis de Discurso (AD) de orientación francesa, para la cual la lengua es afectada por lo político, lo histórico, lo social y lo ideológico. Para ello, seleccionamos a autores que dedican sus esfuerzos a cuestiones de lengua e identidad por la AD como Pêcheux (2012), Orlandi (2008) y Coracini (2007). Además, tratamos las redacciones como una posibilidad de escritura de sí (FOUCAULT, 2009; GUERRA, 2012). Al observar la llegada de alumnos indígenas a la UFFS, nos inquieta cómo los sentidos sobre lengua e identidad de esos sujetos son afectados al necesitar adecuarse al lugar del otro, del no indígena. Entendemos que esto puede producir el borrado de esas lenguas indígenas, constituyentes de grupos minoritarios, sin discusión de esa inserción y de las consecuencias para la formación de los alumnos y de los profesores. Los resultados apuntan a una ruptura en relación a la lengua materna del indígena en las redacciones consideradas como un espacio de escritura de sí. Al habitar el lugar considerado del blanco, el indígena sufre un silenciamiento de su lengua e identidad a fin de ser aceptado.
Palavras-chave: Grupos indígenas
Identidade
Redação
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul
Sigla da Instituição: UFFS
Faculdade, Instituto ou Departamento: Campus Chapecó
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2494
Data do documento: 2017
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