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Type: Dissertação
Título : #ELENÃO e a quarta onda do feminismo no Brasil: movimentos de mulheres no Twitter durante as eleições 2018
Author: Soares, Diulia Luísa Hartmann
First advisor: Fraga, Gerson Wasen
metadata.dc.contributor.referee1: Prudêncio, Kelly Cristina de Souza
metadata.dc.contributor.referee2: Silva, Ivone Maria Mendes
Resume: As direitas emergentes têm trazido consigo discursos que já se acreditavam superados desde a redemocratização no Brasil. Em meio a esse cenário, as eleições 2018 no país engajaram candidatos e apoiadores alinhados a esses discursos, o que provocou um movimento de resposta inédito até então. Por intermédio da comunicação digital, um dos alicerces da quarta onda do feminismo, mulheres de todo o país se organizaram e foram às redes e às ruas dizer “ele não!”, referindo-se ao então candidato Jair Bolsonaro. O #EleNao é um marco autêntico desta nova onda no Brasil. Nesta dissertação, o assunto é tratado de maneira a apresentar um panorama dessa articulação a partir, principalmente, das vozes que vêm das pessoas que utilizaram a hashtag no Twitter. Buscamos entender de que forma a internet, por meio da mídia social, tem influenciado as maneiras de luta, de debate e de expressão vivenciadas na atualidade. Para atingir esse objetivo é analisado o cenário das eleições de 2018 a partir do protesto encabeçado por mulheres, o “Ele Não”, e suas manifestações no Twitter, por meio da hashtag, ferramenta que foi originada na mídia social citada. O trabalho se desenvolve a partir da Teoria Fundamentada, perspectiva empirista de pesquisa e construção dos conceitos que emergem do próprio campo, e integra características que estão sendo fundamentais da quarta onda. Assim, foi delimitado o teto de 1.500 postagens para análise a partir da segmentação de 500 tweets por data-chave observada: o dia 28 de setembro, dia da manifestação nas ruas, e os dias 7 e 28 de outubro, primeiro e segundo turno das eleições. A seleção levou em conta a análise de 250 tweets “Mais recentes” e 250 tweets “Principais”. A pesquisa de campo retornou 1.021 postagens, o que representa 68% do recorte proposto, que foram tabulados, classificados e analisados para se chegar às considerações desta pesquisa. O recorte aponta que o #EleNão foi uma movimentação originada por pessoas comuns (92,6%) e móveis (74,4%), forte o suficiente para impactar um país inteiro. Apesar de ser um movimento composto por poucos ativistas (20,6%), conquista muitos apoiadores (59,8%) e espectadores (8%) mesmo com poucos divulgadores (5,4%); ou seja, se confirma sua capacidade de espalhamento pelas veias da comunicação digital. Essa troca entre agende-mundo-agente foi 100% realizada por textos. Consideramos questões muito pertinentes para a análise desenvolvida as Fake News, a autocomunicação de massa, o fascismo, o empoderamento feminino e a midiatização do ativismo. Além disso, as configurações atuais das novas-direitas, a trajetória do feminismo na américa latina e como se tem enxergado a quarta onda do movimento feminista no Brasil. Recomenda-se que haja um avanço desse estudo no sentido de entender de que maneira foram aproveitadas as oportunidades políticas em prol dos movimentos de mulheres e como o repertório de confrontos levou à ampliação, reorganização e mobilização mais ativa e frequente das mulheres.
Resumen : Los derechos emergentes han traído consigo discursos que se creían superados desde la redemocratización en Brasil. En medio de este escenario, las elecciones de 2018 en el país involucraron a candidatos y simpatizantes alineados con estos discursos, lo que provocó un movimiento de respuesta sin precedentes hasta entonces. A través de la comunicación digital, uno de los pilares de la cuarta ola del feminismo, mujeres de todo el país se organizaron y salieron a las redes ya las calles a decir “¡no!”, Refiriéndose al entonces candidato Jair Bolsonaro. #EleNao es un auténtico hito de esta nueva ola en Brasil. En esta disertación se trata el tema de manera que se presente un panorama de esta articulación a partir, principalmente, de las voces que provienen de las personas que utilizaron el hashtag en Twitter. Buscamos entender cómo internet, a través de las redes sociales, ha influido en las formas de lucha, debate y expresión que se viven hoy. Para lograr este objetivo, se analiza el escenario de las elecciones de 2018 a partir de la protesta liderada por mujeres, el “Él no lo hace”, y sus manifestaciones en Twitter, a través del hashtag, herramienta que se originó en las mencionadas redes sociales. . El trabajo se desarrolla desde la Grounded Theory, una perspectiva empirista de investigación y construcción de los conceptos que surgen del propio campo, e integra características que son fundamentales para la cuarta ola. Así, el techo se fijó en 1.500 puestos para análisis en base a la segmentación de 500 tuits por la fecha clave observada: 28 de septiembre, día de la manifestación en las calles, y 7 y 28 de octubre, primera y segunda vuelta electorales. La selección tuvo en cuenta el análisis de 250 tweets “más recientes” y 250 tweets “principales”. La investigación de campo arrojó 1.021 publicaciones, lo que representa el 68% del recorte propuesto, las cuales fueron tabuladas, clasificadas y analizadas para llegar a las consideraciones de esta investigación. El recorte señala que # EleNo fue un movimiento originado por gente común (92,6%) y móvil (74,4%), lo suficientemente fuerte como para impactar a todo un país. A pesar de ser un movimiento compuesto por pocos activistas (20,6%), conquista muchos simpatizantes (59,8%) y espectadores (8%) incluso con pocos promotores (5,4%); es decir, se confirma su capacidad para difundirse por las venas de la comunicación digital. Este intercambio entre agente-mundo-agente se realizó al 100% mediante textos. Consideramos temas relevantes para el análisis desarrollado por Fake News, la autocomunicación masiva, el fascismo, el empoderamiento femenino y la mediatización del activismo. Además, las configuraciones actuales de los nuevos derechos, la trayectoria del feminismo en América Latina y cómo se ha visto la cuarta ola del movimiento feminista en Brasil. Se recomienda que este estudio avance en el sentido de entender cómo se han aprovechado las oportunidades políticas a favor de los movimientos de mujeres y cómo el repertorio de enfrentamientos ha llevado a la expansión, reorganización y movilización más activa y frecuente de las mujeres.
Palabras clave : Ativismo digital
Eleições 2018
#EleNao
Feminismo
Mídias sociais
Language: por
Country: Brasil
Editorial : Universidade Federal da Fronteira Sul
Acronym of the institution: UFFS
College, Institute or Department: Campus Erechim
Name of Program of Postgraduate studies: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Type of Access: Acesso Aberto
URI : https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4214
Fecha de publicación : 2021
metadata.dc.level: Mestrado
Aparece en las colecciones: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas

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