Please use this identifier to cite or link to this item: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7701
Type: Dissertação
Title: Corporeidade, agroecologia e mulheres: um processo de construção de saberes por meio da Escola Regional de Mulheres do MST
Author: Kunrath, Mirian Maria
First advisor: Andrioli, Liria Ângela
Resume: A presente pesquisa buscou compreender a influência do processo formativo da Escola Regional de Mulheres (ERM) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na construção de saberes agroecológicos e na corporeidade feminina. Buscou tecer reflexões acerca de uma experiência peculiar de movimento social, que apresenta o conhecimento agroecológico estabelecido em diálogo entre o conhecimento popular e o científico e tem a corporeidade como expressão concreta da existência humana, permeada pelas vivências e processos de relações sociais e culturais. A pesquisa foi desenvolvida na Mesorregião Centro-Sul do Estado do Paraná e a metodologia amparou-se na qualitativa, com viés etnográfico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e o estudo se apoiou nas narrativas de histórias de vida de três mulheres camponesas. Ainda, foram feitos registros utilizando-se do instrumento do diário de campo. Sendo assim, de forma inicial, apresenta-se o percurso metodológico da pesquisa e, na sequência, são contextualizados o Território da Cidadania Cantuquiriguaçu e o MST no Brasil, no Estado do Paraná e na Mesorregião Centro-Sul, em que a participação e a organicidade das mulheres sem-terra é enfatizada. São abordados os aportes teóricos da agroecologia, da corporeidade, dos processos formativos no MST e o registro da experiência da ERM do MST. Por fim, são tecidas análises quanto à práxis realizada pelas mulheres no processo formativo do MST e na ERM na construção dos saberes agroecológicos e na corporeidade. A pesquisa aponta para a relevância do processo formativo da ERM do MST na ressignificação da corporeidade feminina e nos saberes agroecológicos e contribui para a autonomia das mulheres diante de processos organizativos do MST. Ademais, pode-se afirmar que agroecologia é concebida a partir de uma perspectiva de diálogo de saberes entre o conhecimento popular e o conhecimento técnico científico e é pelo diálogo que a realidade é construída e transformada. Por meio da práxis formativa, consolidam-se processos agroecológicos pautados na produção de alimentos, na cooperação, na constituição da identidade camponesa, em uma perspectiva de incorporar a agroecologia como modo de vida, que só se efetiva na materialidade em territórios livres que valorizem a natureza e a biodiversidade, a liberdade dos corpos e a construção de relações de gênero igualitárias, sem violência.
Abstract: This research sought to understand the influence of the training process of the Regional Women's School (ERM) of the Landless Rural Workers' Movement (MST) on the construction of agroecological knowledge and on women's corporeality. It sought to reflect on a particular experience of a social movement, which presents agroecological knowledge established in a dialog between popular and scientific knowledge and has corporeality as a concrete expression of human existence, permeated by the experiences and processes of social and cultural relations. The research was carried out in the Central-Southern Mesoregion of the state of Paraná and the methodology was based on qualitative research with an ethnographic bias. Semi-structured interviews were carried out and the study was based on the life story narratives of three peasant women. Records were also kept using a field diary. The methodological path of the research is presented first, followed by a contextualization of the Cantuquiriguaçu Citizenship Territory and the MST in Brazil, in the state of Paraná and in the Central-Southern Mesoregion, in which the participation and organic nature of landless women is emphasized. The theoretical contributions of agroecology, corporeality, training processes in the MST and the record of the MST's ERM experience are discussed. Finally, we analyze the praxis carried out by women in the training process of the MST and the ERM in the construction of agroecological knowledge and corporeality. The research points to the relevance of the MST's ERM training process in the re-signification of women's corporeality and agroecological knowledge, and contributes to women's autonomy in the face of the MST's organizational processes. Furthermore, it can be said that agroecology is conceived from the perspective of a dialog of knowledge between popular knowledge and scientific technical knowledge, and it is through dialog that reality is constructed and transformed. Through formative praxis, agroecological processes are consolidated, based on food production, cooperation and the constitution of peasant identity, with a view to incorporating agroecology as a way of life, which can only be realized in the materiality of free territories that value nature and biodiversity, the freedom of bodies and the construction of egalitarian gender relations, without violence.
Keywords: Mulheres
Movimentos sociais
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal da Fronteira Sul
Acronym of the institution: UFFS
College, Institute or Department: Campus Laranjeiras do Sul
Name of Program of Postgraduate studies: Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Type of Access: Acesso Aberto
URI: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7701
Issue Date: 2023
metadata.dc.level: Mestrado
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
KUNRATH.pdf3.89 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.