Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7719
Type: Dissertação
Título : Resgatando hábitos e saberes alimentares sobre plantas alimentícias não convencionais (PANC) de agricultores familiares em feiras livres no oeste catarinense
Author: Fasolo, Caroline
First advisor: Zonin, Valdecir José
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Deboni, Tarita Cira
metadata.dc.contributor.referee1: Kroth, Darlan Christiano
metadata.dc.contributor.referee2: Petry, Claudia
Resume: As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), são capazes de aumentar a diversidade alimentar, com base nos saberes tradicionais e na relação com a biodiversidade local. Entretanto, com o passar dos anos, elas foram sendo negligenciadas e esquecidas, deixando de fazer parte dos hábitos alimentares. Ainda que os agricultores familiares conheçam algumas espécies de PANC, os mesmos as subutilizam em sua alimentação, bem como não as consideram como uma fonte de renda prioritária. Contudo, o estimulo ao consumo e a produção de PANC são elementos essenciais para desfrutar suas potencialidades em empreendimentos agrícolas familiares e nas feiras livres. Frente ao exposto, a presente pesquisa possui o objetivo de diagnosticar e analisar os saberes ancestrais e contemporâneos presentes na utilização de PANC na alimentação, considerando suas limitações e potencialidades atuais, em feiras livres. Para melhor compreensão, a metodologia empregada consiste em um estudo de caso em conjunto com a história oral, com entrevista semiestruturada e amostra de conveniência e bola de neve, sendo esta, composta por 20 feirantes que comercializam PANC, em cinco feira livres do oeste catarinense. A pesquisa está inserida na vertente qualitativa e quantitativa e de perfil descritivo e explicativo. Obtiveram-se dados que demonstraram desconhecimentos dos participantes sobre o termo PANC, mas quando expostos a espécies específicas, verificou-se que muitos já tiveram contato com elas. As variedades caruru, begoninha, beldroega, hibisco, capuchinha e urtigão foram apenas conhecidas, enquanto as variedades ameixa-amarela, amora, dente-de-leão, crem, flor de abóbora, ora-pro-nóbis e peixinho-da-horta foram tanto conhecidas, quanto consumidas. Sendo o consumo limitado as formas de preparo in natura, em saladas e em chás e utilizando predominantemente as folhas e os frutos das espécies. Além disso, quando relacionado as PANC conhecidas e consumidas com as etnias dos entrevistados, verificou-se que o Crem possui diferença significativa nas proporções de consumo entre brasileiros/miscigenados e europeus. Nesse sentido, verificou-se que as espécies capuchinha, crem, dente-de-leão, flor de abóbora, peixinho-da-horta e urtigão, foram consumidas há mais tempo do que a ameixa-amarela, que teve consumo recente, devido à dificuldade em encontrar/obter na natureza e a perda do interesse. Quando analisado a comercialização das PANC, notou-se que apenas 38,2% das espécies consumidas foram comercializadas e quando comercializadas, não são encontradas com frequência nas feras, pois são utilizadas como excedente de produção, vendidas mediante a encomendas, dependem do fator sazonalidade e carecem de tempo e mão de obra pelos agricultores. Por outro lado, há demanda do consumidor por outras 19 espécies de PANC, que não são comercializadas. Conclui-se que é importante conhecer os saberes sobre PANC das diversas etnias e, ao mesmo tempo formalizar o registro do conhecimento por elas preservados, bem como oferecer atividades como cursos, palestras, oficinas, de modo a sensibilizar e capacitar os participantes para cultivar e comercializar PANC, bem como estimular e mostrar as PANC como alternativa de fonte de renda e segurança alimentar. No entanto, é preciso abordar primeiramente os problemas que impedem os agricultores familiares feirantes de se interessarem em se capacitar e comercializar essa categoria de plantas alimentícias.
Resumen : Unconventional Food Plants (UFP) are capable of increasing food diversity based on traditional knowledge and their connection to local biodiversity. However, over the years, they have been neglected and forgotten, ceasing to be part of eating habits. Even though family farmers are familiar with some UFP species, they underutilize them in their diet and do not consider them as a priority source of income. However, encouraging the consumption and production of UFP is vital for making the most of their potential in family agricultural enterprises and at farmers' markets. Against this backdrop, this research aims to delve into both ancestral and contemporary knowledge about the utilization of UFP in food, considering their current limitations and potentials, especially at farmers' markets. For better understanding, a methodology combining case studies with oral history is employed, featuring semi-structured interviews and both convenience and snowball sampling - comprising 20 market vendors selling UFP at five farmers' markets in western Santa Catarina. This research is both qualitative and quantitative in nature, with a descriptive and explanatory approach. Data showed that participants were unfamiliar with the term UFP, but when exposed to specific species, it was found that many had already encountered them. The varieties caruru, begoninha, beldroega, hibiscus, nasturtium, and nettle were only known, while the varieties yellow plum, mulberry, dandelion, crem, pumpkin flower, ora-pro-nóbis, and peixinho-da-horta were both known and consumed. Consumption was limited to forms prepared in natura, in salads, and teas, predominantly using the leaves and fruits of the species. Additionally, when relating the known and consumed UFP to the ethnicities of the interviewees, it was found that Crem showed a significant difference in consumption proportions between Brazilians/mixed-race individuals and Europeans. In this regard, it was found that the species nasturtium, crem, dandelion, pumpkin flower, peixinho-da-horta, and nettle have been consumed for a longer time compared to the yellow plum, which has been consumed recently due to the difficulty in finding/obtaining it in nature and the loss of interest. When analyzing the commercialization of UFP, it was noted that only 38.2% of the consumed species were commercialized, and when commercialized, they were not frequently found at markets. This is because they are used as production surplus, sold upon order, depend on seasonality, and require time and labor from farmers. On the other hand, there is consumer demand for 19 other UFP species that are not commercialized. It is concluded that it is important to understand the knowledge about UFP from various ethnicities and, at the same time, formalize the recording of the knowledge they preserve. Additionally, it is essential to offer activities such as courses, lectures, and workshops to raise awareness and train participants to cultivate and commercialize UFP, as well as to promote and present UFP as an alternative source of income and food security. However, it is necessary to first address the issues that prevent small-scale farmers from being interested in training and commercializing this category of food plants.
Palabras clave : etnobotânica
conservação dos recursos naturais
alimentos e bebidas
conhecimento
agricultura familiar
Language: por
Country: Brasil
Editorial : Universidade Federal da Fronteira Sul
Acronym of the institution: UFFS
College, Institute or Department: Campus Erechim
Name of Program of Postgraduate studies: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Type of Access: Acesso Aberto
URI : https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7719
Fecha de publicación : jun-2024
metadata.dc.level: Mestrado
Aparece en las colecciones: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
FASOLO.pdf4,23 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.