Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8542
Tipo: | Dissertação |
Título: | Sense-data como universais complexos e a natureza dos objetos mentais |
Autor(es): | Carvalho, Rafael Luís da Silva Sastre de |
Primeiro Orientador: | Brzozowski, Jerzy André |
Resumo: | A terminologia sense-data é utilizada na filosofia da percepção para designar objetos dos quais estamos diretamente conscientes na experiência perceptiva, ou, como aquilo que nos é “dado nos sentidos”. Segundo as teorias que suportam os sense-data, é possível justificar nossas crenças acerca do mundo externo a partir da existência dos aspectos fenomenológicos desses objetos mentais. Porém, a inteligibilidade da relação entre sujeito e mundo externo é comprometida se aceitarmos que os conteúdos da nossa experiência perceptiva são redutíveis a tais aspectos. Não parece plausível dizer, por exemplo, que estamos apresentados apenas a simples qualidades sensíveis de objetos como cores, formas, texturas, odores, etc., como argumentam os teóricos austeros dos sense-data. O meu objetivo nesta dissertação é fundamentar a tese dos sense-data como universais complexos estruturados proposta por Peter Forrest. Neste sentido, argumento que estar apresentado de maneira visual a um objeto é estar consciente de uma relação complexa entre universais. Pois, se assumirmos que as teorias sense-data stricto sensu estão totalmente corretas, assumimos que a estrutura complexa do mundo físico é redutível a meras qualidades sensíveis simples. Ou seja, assumimos que todos os aspectos do mundo físico podem ser explicados em termos simples como, cor, forma, odor, som etc. Dessa forma, argumento nesta dissertação que a estrutura das aparências do mundo físico se dá em virtude de uma relação entre universais que possuem outros universais como partes ou constituintes. Por isso, são chamados de universais complexos estruturados. Com isso, pretendo articular noções recorrentes na literatura recente em filosofia da percepção e em metafísica analítica que permitam justificar, a partir de uma perspectiva filosófica, nossa crença acerca dos objetos mentais enquanto sense-data. Para este fim, em um primeiro momento, apresentarei as teorias sense-data e discutirei como Moore e Russell formularam suas teorias. Apresentarei em seguida as três principais vertentes teóricas da filosofia da percepção contemporânea e lançarei algumas objeções a elas. Logo após, me concentro em explicar os universais complexos apresentados por David M. Armstrong e, como Peter Forrest faz uso desses universais para sua teoria. Assim, dedicarei o restante do projeto ao desenvolvimento da tese forrestiana, buscando, por fim, concluir que, algumas objeções não impõem dificuldades ao sense-data como universais complexos estruturados. |
Abstract/Resumen: | The terminology sense-data is used in the philosophy of perception to designate objects of which we are directly aware in the perceptual experience, or, as what is “given to us in the senses”. According to the theories that support sense-data, it is possible to justify our beliefs about the external world on the basis of the existence of the phenomenological aspects of these mental objects. However, the intelligibility of the relationship between the subject and the external world is compromised if we accept that the contents of our perceptual experience are reducible to such aspects. It doesn't seem plausible to say, for example, that we are only presented with simple sensible qualities of objects such as colors, shapes, textures, smells, etc., as purist sense-data theorists argue. My aim in this dissertation is to substantiate the thesis of sense-data as complex structured universals proposed by Peter Forrest. In this sense, I argue that to be visually presented with an object is to be aware of a complex relationship between universals. For, if we assume that austere sense-data theories are totally correct, we assume that the complex structure of the physical world is reducible to simple sensible qualities. In other words, we assume that all aspects of the physical world can be explained in simple terms such as color, shape, smell, sound, etc. In this sense, I argue in this dissertation that the structure of the appearances of the physical world occurs by virtue of a relationship between universals that have other universals as parts or constituents. This is why they are called complex structured universals. With this in mind, I intend to articulate recurring notions in recent literature on the philosophy of perception and analytic metaphysics that allow us to justify, from a philosophical perspective, our belief about mental objects as sense-data. To this end, I will first present the sense-data theories and discuss how Moore and Russell formulated their theories. I will then present the three main theoretical strands of contemporary philosophy of perception and raise some objections to them. Afterwards, I will focus on explaining the complex universals presented by David M. Armstrong and how Peter Forrest uses these universals for his theory. Thus, I will dedicate the rest of the project to developing Forrest's thesis, seeking to conclude that some objections do not pose difficulties to sense-data as structured complex universals. |
Palavras-chave: | Percepção (filosofia) Experiência (filosofia) Sentidos Epistemologia Filosofia contemporânea |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal da Fronteira Sul |
Sigla da Instituição: | UFFS |
Faculdade, Instituto ou Departamento: | Campus Chapecó |
Nome do Programa de Pós Graduação : | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8542 |
Data do documento: | 2024 |
Nível: | Mestrado |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
CARVALHO.pdf | 1,08 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.