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https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8815
Tipo: | Monografia |
Título: | A educação etnico racial e o documento orientador curricular: a (in)visibilidade da história de negros e negras no município de Erechim |
Autor(es): | Quintus, Daniella |
Primeiro Orientador: | Mattos, Renan Santos |
Primeiro membro da banca: | Veiga, Angélica Gabriela da |
Segundo membro da banca: | Irgang, Silvânia Regina Pellenz |
Resumo: | O presente trabalho de conclusão do Curso de Pedagogia analisa as relações étnico-raciais no contexto educacional de Erechim/RS, com foco no Documento Orientador do Território Municipal (DOTME, 2019). O estudo tem como objetivo compreender como o currículo municipal aborda (ou silencia) a história e cultura afro-brasileira nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, identificando as estratégias pedagógicas desenvolvidas e os obstáculos para implementação da Lei 10.639/2003 em uma cidade marcada pela narrativa colonial europeia. A pesquisa foi articulada em torno do conceito de epistemicídio, tendo a escola como instituição paradoxal: enquanto reproduz hierarquias raciais ao negligenciar saberes africanos e indígenas, pode se transformar em instrumento de descolonização. A abordagem qualitativa combinou pesquisa bibliográfica (leis, teorias decoloniais, estudos sobre Erechim); Análise documental (diretrizes do DOTME, projetos pedagógicos municipais e revisão de dados secundários e revisão bibliográfica com teóricas como Nilma Gomes (2017), Sueli Carneiro (2005) e bell hooks (2017). Este trabalho visa quebrar o silêncio sobre as infâncias negras em Erechim, transformando o DOTME em ferramenta de combate ao racismo e valorização da cultura negra. Defende uma educação libertadora, que nomeie o racismo e permita crianças negras se verem como sujeitos de sua história, não como invisíveis. Ao longo de três capítulos, demonstramos como o DOTME, apesar de incorporar formalmente as leis 10.639/2003 e 11.645/2008, mantém abordagem superficial sobre cultura afro-brasileira, sem conexão com histórias locais de resistência como o Clube Treze de Maio (1949). Conclui-se que a educação antirracista em Erechim exige revisão curricular com participação comunitária; formação docente continuada; produção de materiais didáticos que confrontem o silenciamento histórico; e criação de mecanismos de fiscalização, transformando o currículo de instrumento de manutenção para ferramenta de emancipação. |
Abstract/Resumen: | This final paper of the Pedagogy Course analyzes ethnic-racial relations in the educational context of Erechim/RS, focusing on the Erechim Municipal Territory Guiding Document (DOTME, 2019). The study aims to understand how the municipal curriculum addresses (or silences) Afro-Brazilian history and culture in the Early Years of Elementary Education, identifying the pedagogical strategies developed and the obstacles to implementing Law 10,639/2003 in a city marked by European colonial narratives. The research was articulated around the concept of epistemicide, with the school as a paradoxical institution: while it reproduces racial hierarchies by neglecting African and indigenous knowledge, it can transform into an instrument of decolonization. The qualitative approach combined bibliographic research (laws, decolonial theories, studies about Erechim); document analysis (DOTME guidelines, municipal pedagogical projects, and review of secondary data) and bibliographic review with theorists such as Nilma Gomes (2017), Sueli Carneiro (2005), and bell hooks (2017). This work aims to break the silence about Black childhoods in Erechim, transforming the DOTME into a tool to combat racism and value Black culture. It advocates for a liberating education that names racism and allows Black children to see themselves as subjects of their own history, not as invisible. Throughout three chapters, we demonstrate how the DOTME, despite formally incorporating Laws 10,639/2003 and 11,645/2008, maintains a superficial approach to Afro-Brazilian culture, without connection to local resistance histories such as the Clube Treze de Maio (1949). It is concluded that anti-racist education in Erechim requires curricular revision with community participation; ongoing teacher training; production of didactic materials that confront historical silencing; and creation of monitoring mechanisms, transforming the curriculum from a maintenance instrument to a tool of emancipation. |
Palavras-chave: | Erechim; DOTME; Educação Étnico-Racial; Anos Iniciais |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal da Fronteira Sul |
Sigla da Instituição: | UFFS |
Faculdade, Instituto ou Departamento: | Campus Erechim |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8815 |
Data do documento: | Jul-2025 |
Aparece nas coleções: | Pedagogia |
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